quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sociedade das Volupiosas bem vivas


Capítulo XIX

Foi através de uma carta que Edgar avisou à Nelly da morte de sua irmã Isabel, orientando-a a preparar luto para a pequena Cathy e tudo quanto fosse necessário para acolher seu sobrinho quando regressassem juntos.

Até o dia da chegada de seu pai, Cathy apegou-se às mais confiantes e positivas previsões sobre seu “verdadeiro primo” e acordou excitadíssima tagarelando com Nelly a respeito dele enquanto andavam através dos campos no dia em que seu pai informou que voltaria com o filho de sua tia Isabel. A menina não conseguia esperar a chegada dos dois tão grandes eram suas expectativas e suas saudades de seu pai.

Quando finalmente a espera de Cathy cessou pai e filha instantaneamente abraçaram-se, ignorando por algum tempo qualquer outra prioridade que não a de matarem as saudades um do outro. É Nelly quem primeiro lança um olhar em direção ao menino dentro da carruagem. Pálido, delicado e de forte semelhança com seu tio, salvo no que se refere a seu estado de saúde, doentio como jamais fora o de Edgar, Linton era apenas 6 meses mais novo que a prima.

A vontade de Cathy de correr em direção de seu primo e convidar-lhe a juntos brincarem foi frustrada pela advertência de seu pai de que o pequeno Linton não gozava da mesma saúde e alegria que ela.

Compreensiva nessa situação, Cathy aceitou as condições do primo, mas não sem antes poder olhar para o dono dos cabelos dourados que sua tia havia outro dia lhe dado. O filho de Isabel é então apresentado a sua prima, sendo orientado a animar-se e animá-la a partir daquele momento, além de buscar descansar e divertir-se em sua estada na granja.

O menino Linton era choroso e seu sofrimento causou dó à Cathy, a quem resolveu mimar como um bebê. O bom tratamento mostrado pela menina agradou ao pai, que viu no menino um semblante de agrado pelos carinhos que a prima lhe dirigia e nisso um incentivo para que este lutasse por revigorar-se de seu estado frágil e doentio.

O temor de não poder conservar o sobrinho em sua companhia logo foi relembrado por Edgar também, a ameaça outrora feita por Heahticliff de que iria reaver seu filho quando lhe fosse interessante tinha então sua chance de ser cumprida.

A confirmação da validade dos planos de Heath com relação ao seu filho com Isabel não tardou. Na mesma tarde em que o menino chegou à Granja em companhia de seu tio, afligiu o coração de Nelly a visita de José, agora empregado de Heathcliff.

Já supondo o motivo pelo qual o homem afirmava necessitar falar com Edgar, Nelly busca impedir que o encontro ocorra, o que não é possível graças à intromissão de José, que adentrou nos aposentos em que se encontrava o Sr. Linton, mesmo que sem prévia permissão.

Extremamente temeroso pelos tratamentos que receberia seu sobrinho em companhia de seu pai, Edgar se reconhece impotente diante da situação. Resignado, pede apenas que a retirada do menino de sua guarda seja realizada ao amanhecer, já que este se apresentava bastante cansado e debilitado, informando ainda que era de desejo se sua irmã que o menino ficasse sob seus cuidados.

Ignorando veementemente os pedidos de Edgar, José nega a solicitação de pronto, informando que não é de interesse do Sr. Heathcliff o que desejava sua falecida esposa.

Decidido e furioso, Edgar ordena então a retirada de José de sua propriedade, mandando que este reproduzisse a seu patrão os argumentos que apresentou para não enviar o menino na mesma noite.

José deixa a casa prometendo uma visita de seu patrão em pessoa para requerer seu filho, duvidando da capacidade de Edgar em enfrentar Heath e negar-lhe o atendimento de sua exigência.

Beijos com volúpia cultural de Babi, Kha e Ju.

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