terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sociedade das Volupiosas bem vivas

Capitulo XVIII


12 anos se passaram....

.... E Nelly prossegue com sua narrativa, se mostrando em paz e tranquila com “sua” menina que após os seis primeiros meses de sua conturbada vidinha, cresceu forte e feliz como qualquer criança. A pequena Cathy era para Nelly como um raio de sol que iluminava aquele lar fúnebre. Nesse momento Nelly descreve as características de Cathy (mirim) e as semelhanças físicas partilhadas entre Lintons e Earnshaw. Cathy foi educada pelo pai, Edgar (frouxo e agora digno de pena), que a criou com toda devoção que se pode ter por um filho, zeloso, carinhoso e sem jamais proferir uma palavra áspera para sua preciosa Cathy.

Cathy chegou aos treze anos sem jamais ter saído da Granja, sem se quer ter conhecimento do alto dos vendavais ou de Heathcliff, e quando recebia a oportunidade de passear esses passeios não eram longe e tinha sempre a presença de Edgar. Lógico que toda essa proteção não a impedia de ter sua curiosidade despertada e muito menos de encher Nelly de questões sobre o que de tão misterioso existia por detrás daqueles montes onde ela nunca tinha permissão para ir.

Edgar partiu numa viagem curta para buscar seu sobrinho em Londres (ui sotaques). Ele jamais pestanejou ao receber a carta de sua irmã Isabel, que lhe pedia que cuidasse do menino, pois já beirava a morte. Antes de sua viagem Edgar deixou Cathy aos únicos cuidados de Nelly, expressamente proibindo-a de sair da granja.
Nelly então permitiu que Cathy fizesse alguns passeios dentro da granja a pé ou a cavalo, sem nunca supor que a menina a desobedeceria ou que atravessaria as grades que a impediam de saciar sua curiosidade, porém Nelly estava enganada.

Com o sol de verão a pino e uma imaginação de dar inveja (não a mim, estou satisfeita com minha imaginação), Cathy cria um conto e convence Nelly a lhe encher de guloseimas e parte numa jornada imaginária. As horas se passam e nada de Cathy retornar. Nelly pede que alguns empregados a procurem e ao retornarem sem novidades a própria Nelly parte em sua busca.

Nelly se depara com um empregado consertando uma cerca (foi o vento, Cathy não! Jamais) e desesperadamente parte em direção ao alto dos vendavais já pressentindo o óbvio. Ao chegar à porta, vê o cão e o cavalo de Cathy e sem respirar bate a porta onde é recebida por uma criada que logo a coloca para dentro. Ao adentrar a sala, se depara com uma Cathy falante, sentada numa cadeira que fora de sua mãe no passado (ai que triste) e sendo observada (com maldade aviso logo) por um rapagão Hareton nos auge de seus 18 anos. Nelly, tendo a informação que Heath não se encontrava, respira aliviada e dá uma ordem firme para esconder esse alívio de Cathy, ordenando que ela vá para casa e que está proibida de dar seus passeios a cavalo.




Cathy, possuidora de uma teimosia (sabe aquelas crianças que te envergonham na rua? Pronto é a Cathy) ímpar, luta contra a ordem de Nelly fazendo seus expectadores darem boas risadas. Depois dessa brincadeira (de gato e rato) de mau gosto, Cathy ordena (baixou o espírito da mãe) que Hareton (sem saber de seu parentesco) busque seu cavalo e como sua ordem não é obedecida começa a choramingar (mimadinha) e é atordoada por insultos jamais ouvidos e se assusta com os tais. Nesse instante Nelly está se contorcendo (em cólicas com medo de alguma verdade seja revelada), então eis que no meio do ataque de (oh meu mundo caiu) Cathy, a tal criada (Surya on fire) revela o que não podia ser revelado (e não é o nome de “você sabe quem”) e deixa a pequena (não a miss sunshine) Cathy chocada e entre lágrimas confusas por saber que aquele labrego é seu primo.
Nelly tenta consolar e contornar a saia justa fazendo com que Cathy partisse logo dali, Hareton cansado da choradeira doa-lhe um cãozinho para cessar o escândalo, o que não adiantou muito.
Nelly olha para Hareton e o analisa com um olhar saudoso (momento túnel do tempo) e o descreve como um rapaz bem afeiçoado, forte, saudável e não demonstra sinais de maus tratos perante Heath e sido mimado por José por mero interesse, pois o menino é o único herdeiro do Morro dos Ventos Uivantes. Sobre Heathcliff ela também devaneia, dizendo que Heath é conhecido como avarento e sem piedade e que sua casa agora, sendo tratada por uma criada firme, não lembra em nada os tempos em que Hindley cambaleava bêbado por ela. Mesmo com o passar dos anos ele continuava só e não procurava a companhia de ninguém (ohh dó). A própria Nelly se interrompe e retorna seu foco para (a mimada e chorona) Cathy que não havia aceitado o cachorro dado por seu primo e agora com pressa queria ir para casa.

No retorno ao lar, Nelly não teve muito sucesso em descobrir sobre o ocorrido antes de sua chegada, pois Cathy ainda estava bicuda com suas últimas descobertas, mesmo não acreditando em nenhuma delas. Nelly só conseguiu arrancar alguma verdade de Cathy depois, que narrou que ao chegar aos portões dos altos se deparou com uma briga de cães, tendo o seu cão ferido pelo cão do até então primo desconhecido e que logo se tornaram amigos tendo o como guia. A menina conta dos lugares que Hareton a levou para conhecer e Nelly reconhece exatamente os mesmos lugares que Cathy (louca máster) e Heath brincavam quando crianças (ahh que triste) surgindo ali um coleguismo saudável até as ofensas e revelações posteriores.

Cathy ainda estava chocada com tais ofensas, pois estava acostumada com “meu amor” e de repente ouvir um “vá pro diabo” de um estranho e suposto primo, fez com que Nelly travasse uma batalha para que esse acontecido não chegasse aos ouvidos de Edgar. Nelly até mesmo ameaçou ir embora caso Cathy voltasse a cruzar o caminho “daquela gente”, Cathy assustada com a possibilidade de ficar sem Nelly e em nome da amizade das duas prometeu que não tocaria no assunto com seu pai, afinal Cathy era uma boa menina (ao contrário da mãe que era a treva).

Bjos volupiosamente cultural de Ju, Kha e Babi.

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