segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Das páginas para peliculas [2]

Olá Pessoas,

Ir ao cinema e assistir um bom filme é maravilhoso. Agora ir ao cinema e assistir uma obra literária que você conhece de cabo a rabo é melhor ainda, pois existem vários momentos perdidos de um livro que em um passe de mágica se transforma num filme não conseguindo transferir os sentimentos reais da personagem.

Perde-se muitas vezes a essência do personagem, suas dúvidas particulares, gestos peculiares, sorrisos francos, um abraço intenso, entre outros detalhes que somente os escritores conseguem descrever tão bem.

Não estou dizendo que os atores não façam seu trabalho corretamente, faço apenas uma ressalva em relação a intimidade que possuímos ao ler um livro, a personagem se torna "seu", você o conhece intimamente, sabe os motivos de algumas caretas ou sorrisos em dados momentos da película e isso só é possível graças ao livro devorado antes de embarcar na sala de cinema.

Segue mais algumas preciosidades das páginas para as películas;




O Jardim Secreto (1993)


Filme estadunidense de 1993, dos gêneros drama e aventura. Dirigido por Agnieszka Holland. The Secret Garden é um filme baseado na obra de Frances Hodgson Burnett, autora de A princesinha e o Pequeno Lorde. Um filme maravilhosamente lindo, com uma história chocante e repleta de revelações. Uma das momentos favoritos é quando os três dançam em torno da fogueira na esperança de realizarem um sonho e a hora em que Collin descobre que não vai morrer só porque está ao sol. E o último momento marcante é essa frase de Mary, frase com entonação de missão comprida:

“…e agora a maldição está quebrada. Meu tio aprendeu

a sorrir e eu a chorar, se prestarmos bastante atenção,
veremos que o mundo inteiro não passa de um jardim….”





2001 - Uma Odisséia no espaço (1968)


É, para muitos críticos, um dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos. Foi realizado em 1968 pelo cineasta Stanley Kubrick, natural de Nova York, EUA.
Este filme, com uma duração total de 139 minutos e apenas 40 de diálogo, analisa a evolução do Homem, desde os primeiros hominídeos capazes de usar instrumentos, até à era espacial e para além disso. Foi baseado nas obras de Arthur C. Clarke The Sentinel e 2001: A Space Odyssey, esta última escrita simultaneamente com as filmagens.
Eu particularmente tenho pavor desse filme, nem sei bem o motivo de tal pavor, mas que tenho, tenho. Realmente para um filme feito em 68 chega a ser um marco na história de filmes do gênero, porém a história colabora muito e os atores foram impecavéis já que não se possuiam muitos diálogos. Mesmo com medo, recomendo.



Anna e o Rei (1946)


Com roteiro baseado nos diários de Anna Leonowens a história já teve três adaptações para o cinema. A primeira, de 1946, foi Ana e o Rei do Sião, com Irene Dunne e Rex Harrison. A outra é a clássica O Rei e Eu (1956), de Walter Lang. Esta última é um musical com partituras de Rodgers & Hammerstein (A Noviça Rebelde), e atuações de Deboral Kerr e Yul Brynner (Oscar de melhor ator) e por última com Jodie Foster em 1999.
Fatos reais é o que existe de mais encantador num livro/filme, isso me chama a atenção, filme clássico das noites do "Corujão" esse filme é lindo. Uma víuva viaja até a Tailândia para encarar um Rei autoritário (e careca) pai de 58 filhos, sim, vocês leram certo 58 crianças levadas e ávidas pela vida. Anna encara o Rei frente a frente, desbancando seu falso mal humor iniciando assim um romance fofo e cheio de preconceitos. Não se supreendam em encontrar o Malfoy (Tom Feldon) na versão de 1999, pois ele é Louis, filho de Anna.



O clube da luta (1999)


Jack (Edward Norton) é um executivo yuppie, trabalha como investigador de seguros, mora confortavelmente, mas sua ansiedade o faz conviver com pessoas problemáticas como a viciada Marla Singer (Helena Bonham Carter) e a conhecer estranhos como Tyler Durden (Brad Pitt). Misterioso e cheio de ideias, Tyler apresenta para Jack um grupo secreto que se encontra para extravasar suas angústias e tensões através de violentos combates corporais.
Como diria Zina, três salves: Edward (adoro esse nome) Norton, Brad Pitt e as oito regras do clube que são:

1 - Não fale sobre o Clube da Luta. (tá não falo)
2 - Nunca, jamais, fale sobre o clube da luta (okey, não digjjo)
3 - Quando alguém gritar "pára!" ou sinalizar, a luta acaba. (ahh que pena)
4 - Somente duas pessoas por luta. (nada mais justo)
5 - Uma luta de cada vez. (ficaria complicado cinco lutas de uma só vez)
6 - Sem camisa, sem sapatos. (Ui, momentos tensos)
7 - As lutas duram o tempo que for necessário. (ou até a morte)
8 - Se for a sua primeira noite no clube da luta, você tem que lutar! (se vira neguinho, tira a roupa e o sapato e se prepara para apanhar)

Simplesmente adoro!!!




A.I. (2001)


Num futuro onde as calotas polares derreteram, uma nova forma de inteligência artificial auxilia a humanidade em sua saga sobre o planeta Terra. É neste contexto que um garoto irá passar por uma jornada emocional inesquecível. Dirigido por Steven Spielberg (ET) e com Jude Law (Ui), William Hurt e Haley Joel Osment no elenco. Recebeu 2 indicações ao Oscar.
No meu contexto me parece mais um releitura de Pinochio e Jude Law é o mal elemento, versão com final infeliz e triste. Acham que viajei? vejam o filme.



O Talentoso Ripley (1999)

Série de romances da escritora norte-americana Patricia Highsmith, também presente em filmes baseados nestes romances. O primeiro livro da série de cinco é The Talented Mr. Ripley, publicado em 1955 e filmado em 1999.
Tom Ripley (Matt Damon) possui um dom incomum: é capaz de imitar, com perfeição, a assinatura, a voz, o modo de se mexer, ou seja, tudo de cada pessoa (isso me apavorou muito, já pensou alguém imitando Bin Laden? Credo!!!) E Graças a um casaco emprestado, conhece o empresário Herbert Greenleaf (James Redhorn), que lhe oferece mil dólares (muito pouco) para ir à Europa trazer de volta o seu filho, Dickie (Jude delicinha Law).
Ripley aceita a oferta e termina por desfrutar da boa vida e da amizade de Dickie e da sua namorada Marge (Gwyneth Paltrow), tornando-se hóspede de ambos. Entretanto, desconfianças pairam sob o passado de Ripley, criando situações contrárias aos seus interesses, o que o leva a matar Dickie e assumir a sua identidade. Pavor de Ripley, pavor, pavor!!! Mas o filme é magnífico e Damon está sensacional.


O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (2003)

O Senhor dos Anéis (título original em inglês: The Lord of the Rings) é um romance de fantasia criado pelo escritor, professor e filólogo britânico J.R.R. Tolkien. A história começa como seqüência de um livro anterior de Tolkien, O Hobbit (The Hobbit), e logo se desenvolve numa história muito maior. Foi escrito entre 1937 e 1949, com muitas partes criadas durante a Segunda Guerra Mundial. Embora Tolkien tenha planejado realizá-lo em volume único, foi originalmente publicado em três volumes entre 1954 e 1955, e foi assim, em três volumes, que se tornou popular. Desde então foi reimpresso várias vezes e foi traduzido para mais de 40 línguas, tornando-se um dos trabalhos mais populares da literatura do século XX.

Assumo que ainda não li "The Hobbit", que já se encontra na lista de espera dos livros a serem lidos. Esse clássico literário é um dos maiores exemplos de intimidade com todos os personagens, chego a saber o que estão pensando sempre que o filme (sim, sou louca e nem ligo).
E o Retorno do Rei é meu preferido, o que mais amo! Não desmerecendo nenhum, mas é o melhor (pra mim, me deixem viver). E o que são aquelas orelhinhas sexys de Legolas, vivido muito bem, diga-se de passagem por Orlando Bloom e a masculinidade latente de Aragorn (Viggo Mortesen), amo Gandalf pra sempre, Frodo me irrita muito e eu queria muito um Sméagol de pelúcia com dispositivo de áudio dizendo: Precioso! hahahaha.

Para quem perdeu o primeiro post, enfia a seta do mouse aqui e aproveitem.

Beijos Literários e volupiosos

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