quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sociedade das Volupiosas bem vivas


Capítulo XXVII


A doença de Edgar se agravara nos últimos dias e instintivamente Cathy pressentia que dentro em breve não teria seu amado pai por perto. O dia de seu encontro marcado com Linton havia chegado e Cathy não teve coragem de perturbar o adoentado pai, cabendo a Nelly esta função e ao retornar com a permissão concedida, Cathy não se animou e sempre lamentava os poucos momentos que não poderia e que deveria estar com o pai.

Nelly descreve Cathy com devoção e carinho, aprumando sua tristeza em ver o pai definhar e junto com ele definhando também, estava magra, abatida e cansada das noites insones velando o sono do pai e Edgar vendo todo o esforço e sofrimento de Cathy não a negava mais nada, achando que seria ótimo ela ter com o primo, num cenário longe daquela dor e tormenta.

Cathy ao chegar encontrou Linton que estava no mesmo lugar que Cathy o havia deixado e estava animado e feliz, Cathy já havia avisado a Nelly que não queria demorar naquele lugar.
Após a feliz saudação de seu primo, Cathy desmembrou várias questões sobre o comportamento de Linton sobre seu amor para com ela, este ficando em choque e indignado com tamanha falta de paciência e nervosismo de Cathy.
No meio de uma discussão intensa Linton se joga ao chão em desespero (tsc, tsc, tsc) motivado pelo desprezo da prima e começa a gritar que será morto por Heath (eu é que quero matá-lo agora) caso Cathy o recuse como esposo, comovida e atordoada a inocente menina se inclina e o ajuda a levantar, aguardando explicações. Linton sendo pressionado a contar tudo o que se passava colocou-se em lágrimas novamente sem explicar nada, Cathy impaciente o largou e deu de ombros se retirando do lugar, fazendo agora Linton chorar mais ainda e não pronunciar nada (¬¬).

Nelly tentando entender a cena que via, se depara com Heath que surgia por entre a folhagem todo caloroso por vê-la ali e sem se dar conta do que acontecia ao redor, inquiriu Nelly sobre o estado de saúde de Edgar usando um tom vitorioso e satisfeito (alguém esperava outra atitude de Heath? Eu não), questionando Nelly sobre o comportamento de Linton (lembrando que Linton estava jogado ao chão, agarrado as saias de Cathy e chorando feito um bebê) que em nada o agradara, então se pôs a gritar para que o filho tomasse uma postura de homem (se não aprendeu até agora... já era, Heath) e se comportasse decentemente.

Nenhum dos dois se moveu com os gritos.

Irritado com o desdém do casal inerte, Heath vai até eles e num solavanco coloca Linton de pé e o ordena que se porte com homem, pedindo que ele faça as honras da casa e leve a prima para tomar um chá, Cathy porem alerta que está proibida de ir até o Alto dos Vendavais e que declinaria ao convite, então num choro desesperador Linton declama não poder voltar para casa de nenhuma forma sendo acalentado por Cathy.



Sem alternativas, Nelly e Cathy acompanham os anfitriões até a casa, sendo trancadas ao chegar e a ouvir insultos, num súbito Cathy enfrenta Heath numa tentativa inútil de lhe tomar as chaves e estar livre por hora, em meio a gritos Cathy não se dá por vencida e morde a mão de Heath, libertando a chave, que logo seria recuperada pela outra mão livre, que agora tecia uns tapas na cabeça de Cathy, que estava firme, Nelly ao tentar intervir perdeu o fôlego pelo empurrão tomado no meio do tórax ao tontear e quase cair, Nelly notou que a cena terminara com os protagonistas trêmulos e incrédulos.

Heath profere grosseiras palavras a Cathy, dizendo que dentre alguns dias ele será o único pai que terá e as doses de surras que levará serão diárias caso continue tão petulante, fazendo a menina soluçar e chorar alto no colo de Nelly que consola a menina com fervor e incredulidade, Heath se retira para juntar os cavalos de Nelly e Cathy, deixando – as trancadas.

Ao se sentirem livres dos olhares de Heath, observaram que Linton estava encolhido num canto e ele teria que dar explicações sobre os planos de Heath, exigindo uma xícara de chá sem lágrimas (que ódio desse fresco), pois só assim contaria os tais planos. Deliciando seu chá, o infeliz abriu a boca, cuspindo os planos do pai, planos esses que incluíam um casamento para o dia seguinte e a mudança de Linton para a Granja (estou puta com esse maricas) imediatamente.

Em total desespero Cathy, repudia a possibilidade de passar a noite ali, preocupada com seu pai e Linton como sempre egoísta (já disse que estou com ódio dele?), pede que a prima obedeça a seu pedido e ali fique, fazendo os planos andarem com o combinado. Cathy em choque com tamanho egoísmo trama várias formas de fuga sendo surpreendida por Heath que anunciava a fuga de seus cavalos (p.n.c.) e expulsando Linton para seu quarto e esse obedeceu prontamente.

Cathy promete se casar com Linton, já sendo essa sua vontade por amá-lo (¬¬ como pode?), na contra proposta de Heath as libertarem para que Edgar não fique aflito pela ausência de filha, Heath numa risada maléfica diz que não ficaria mais feliz com a noticia de ver Edgar aflito e que essa será sua vontade e que ela lá ficará e só sairá desposada com Linton, entre gritos e protestos Nelly enfrenta a Heath não o afetando em nada.

Aprisionadas, chorosas e em pânico foram conduzidas ao quarto, mesmo suplicando e prometendo cumprir a palavra que se casaria com Linton de qualquer forma, Heath não dissolveu seu coração de gelo que em certos momentos amolecia com os olhares tristes de Cathy fazendo-o se lembrar da tristeza de sua Catarina.

A noite passou insone para Nelly e Cathy, que ao ouvir o abrir de portas se animaram inutilmente Heath levou Cathy e deixou Nelly só e sem notícias por cinco dias seguidos a única pessoa que a atendia era Hareton lhe trazendo alimentos e água, com uma profunda tristeza no olhar, não lhe dirigia uma única palavra.

Bjos Revoltados de Babi, Ju e Kha.

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