sexta-feira, 11 de junho de 2010

Reflexão!


Não costumo fazer isso, mas vale a pena.

Essa história é minha, mas bem que podia ser sua...

"Era uma vez...

uma moça, romântica e inteligente. Ela gostava de ler, fazia aulas de balé e queria crescer, casar com 22 anos, ter três filhos, meninos. Não gostava de cuidar da casa, mas sabia o necessário. Tinha um longo cabelo ondulado. Ela era feliz, mas, ainda não conhecia o amor.

A moça conheceu um rapaz bonito, esforçado e tão sorridente quanto ela. Ela cuidava dele, dando-lhe amor.Ele cuidava dela, ensinando o que o mundo já havia lhe ensinado. Eles viviam. E eles sonhavam. Eles se divertiam. Ela o amava, mas, ainda não conhecia a dor.

O rapaz errou. Deixou-se cair na mais primitiva das falhas do homem. E ela... bem, ela conheceu a dor. E junto, a raiva, a decepção, a mágoa, a tristeza, a solidão, a angústia... Então percebeu que não era o rapaz, mas o mundo. O mundo era ingrato. Viu tantas outras moças legais sofrendo. E decidiu que se o mundo não fazia o que ela esperava dele, ela também não faria mais o que o mundo esperava dela. Resolveu voar, sozinha e sem pára-quedas.

Acreditando que o amor não devia ser a única coisa gostosa do mundo, ela resolveu experimentar. Descobriu que os chinelos são muito mais confortáveis que salto alto. Que uns drinks têm um efeito quase tão miraculoso quanto o chocolate. Pintou as unhas de café. Flertou com um homem mais velho. Flertou com um moleque mais novo. Descobriu que sabia flertar. Afim de entender o que tanto os atrai, se infiltrou nos templos sagrados masculinos: o futebol e o boteco. E por lá foi atraída também. Realizou o sonho de infância de ter cabelos ruivos. Fez uma tatuagem. Cortou os cabelos bem curtinhos. Viajou para um lugar que jamais imaginou. Flertou mais. Descobriu relações sem cobrança, com sinceridade e prazer. Deu conselhos. Falou palavrão. Entendeu o que é CARNAVAL. Comprou vestidos floridos, vestidos listrados, vestidos curtos, vestidos longos. Se apaixonou por um novo ritmo musical. Brigou. Gritou. Escolheu. Viveu.

Mas não pensem que foi tudo festa. Nãnãninãnão! No meio do caminho houve muita saudade, muitas lágrimas, muitas recaídas, um cansaço inexplicável de viver. Mas sempre que a moça estava quase desistindo, o rapaz dava mais algum sinal de fraqueza, de imbecilidade infantilidade e, a moça então, se revigorava na sua ideia vingativa de contrariar o mundo e fazer o que bem entendesse. Ela enfim aprendeu a conviver com seus fantasmas, com suas mágoas e com a presença da ausência. E então ela decidiu que ia desistir daquele personagem forte e quase inabalável que havia criado. Desistiu de brigar com o mundo e voltar a ser a menina ingênua, mas que havia aprendido a conviver com seus medos. Só que ela não conseguiu.

A moça, criou seu personagem com tanta força, com tanta convicção, com tanto desejo de se livrar do passado que acabou se transformando realmente. Ela tentou fazer o que pediam, tentou não assistir futebol bebendo cerveja, tentou pintar as unhas de branco e deixar o cabelo na cor natural. Mas não, aquela não era mais ela. Sua vida estava no vermelho 666 de seus cabelos, seus vestidos alegres, suas decisões independentes.

E ficou para ela só uma dúvida:

O personagem engoliu a verdade ou foi ele quem revelou a sua essência?

Nany

E aí? Pode ser sua também?

Mil Beijos e Reflitam!

Recebido por e-mail. Obrigada "Alaíde"


1 comentários:

Bella disse...

rsrs me lembrei da minha irmã.. o cabelo dela é vermelhão