Olá pessoas,
O dia internacional da mulher já passou, eu sei! Mas não me canso de prestar homenagens ao tal "sexo frágil" que de frágil nada tem. E também para alavancar a literatura feminina, fiz uma seleção de livros (só para aumentar nossa lista, meninas) de sucesso escrito por mulheres. Cada uma com sua visão, com seu carisma e para não influenciar ninguém com meu gosto ímpar, segue a lista em ordem alfabética. O que não mudaria em nada também, pois cada uma segue seu estilo.
Adriana Falcão
Verdadeira mulher polivalente, Adriana escreve literatura infantil, romances, peças de teatro, contos e roteiros para a TV e o cinema. Mas em tudo nota-se um olho atento para a questão feminina. Em A máquina (que também é filme. Contando a presença de Wagner Moura), por exemplo, ela mostra uma mulher dividida entre ficar com seu amor ou ir para a cidade – uma alegoria para as mulheres de hoje, sempre divididas entre carreira e vida pessoal? Já em A comédia dos anjos, o foco vai para a amizade entre mãe e filha, de uma forma inesperada e criativa. Uma leitura leve e divertida, recomendo muito.
Claudia Tajes
A autora gaúcha se especializou em contar as aventuras sexuais e amorosas de mulheres de todo tipo de maneira divertida (eu nem gosto né?). Claudia faz isso bem porque não isola suas personagens: sempre procura mostrar – e entender, se é que isso é possível – o ponto de vista do homem . Seu Dores, amores e assemelhados, por exemplo mostra a história de amor de um casal pelos pontos de vista dos dois: cada capítulo tem um narrador. O resultado é diversão na certa, tornando seus livros sensacionais.
Fernanda Young
Dispensa apresentações. Seus livros fazem sucesso por trazer histórias de mulheres descoladas, sem papas na língua e dispostas ao tudo ou nada para viver um grande amor. Este é o caso de seu livro mais recente, O pau (ui!), em que conta a história de vingança amorosa e reflete sobre a “ditadura do falo”. Gosto muito da escrita de Fernanda. Sempre surpreendente e tresloucada, ela não veio ao mundo a passeio como puderam notar na Playboy. Adoro gente 'loka'! Hahaha
Elizabeth Gilbert
Elizabeth Gilbert fez de seu Comer, rezar e amar um dos maiores fenômenos editoriais recentes. O livro já vendeu mais de 5 milhões de exemplares no mundo e é figurinha fácil na lista de mais vendidos do Brasil. E em breve estará nos cinemas com Julia Roberts. Eu ainda farei o mesmo que Elizabeth, viajarei o mundo descobrindo novas formas de comer, rezar e amar, é claro.
O próximo livro da autora, Comprometida, parece ter potencial para seguir a trilha de sucesso, vai tratar desta instituição tão desejada quanto complicada: o casamento. Enquanto isso, seus livros anteriores seguem inéditos no Brasil.
Inês Pedrosa
A autora portuguesa esbanja sensibilidade em suas obras. Ficcionista de mão cheia, conta histórias de amores complicados e de sentimentos perdidos. Em Nas tuas mãos, por exemplo, trata do amor ao longo das décadas no olhar de três mulheres: a avó (e seu diário), a mãe (e seu álbum de retratos) e a filha (e suas cartas) eu ainda poderia me incluir na historia com meus emails, né? Outra obra, Faz-me falta, traz o sentimento de desamparo diante da morte da pessoa amada muito bem retratado. É o tipo de livro que você lê e relê e mesmo assim chora copiosamente.
Lya Luft
Ela diz que sua verdadeira profissão é a tradução. Imagina se se considerasse escritora… Lya é a voz madura da literatura feminina brasileira. Mas seus livros e crônicas encontram eco no gosto das mulheres de todas as idades. Em O rio do meio, traz muitas reflexões sobre as relações humanas. Já Perdas e ganhos, um dos mais recentes, faz um balanço de sua vida e mostra por que, apesar dos problemas de sua trajetória, continua sendo uma otimista. É quase um "alto-ajuda" com o plus de ter uma historia de fundo real e bem retratada. Mais do que recomendado.
Maitê Proença
Falar de Maitê Proença é lembrar de um rosto bonito, uma atriz competente e… uma escritora que soube se fazer respeitar, fosse pelos livros ou pelas peças de teatro. Dona de uma história de vida impressionante, Maitê tem ganhado fãs com suas crônicas escritas para revistas. O primeiro livro, Entre os ossos e a escrita, reúne algumas delas. O segundo, Uma vida inventada, abre sem amarras seu passado traumático, em que viu o pai assassinar a mãe. Quando soube do lançamento do seu segundo livro, sem saber que o primeiro existia, torci o nariz logo de cara por puro preconceito, achando que a intenção de Maitê era somente de se promover com alguma historia triste. Busquei o livro e me lasquei, pois a historia é linda de tão triste, totalmente surreal e cativante.
Maitena
Neuróticas, inseguras, estressadas, irritantes, arrogantes. Depende como você encara as personagens da argentina Maitena em sua série de cartuns Mulheres alteradas. Pode ser tanto uma condenação como um reconhecimento humilde da condição feminina no mundo pós-feminista. São mulheres emparedadas entre o ideal da mulher liberada e a vulnerabilidade do modelo romântico. Escolham o seu tipo. Eu já sei o meu.
Mary Del Priore
Uma historiadora com H maiúsculo, que trata de temas obscuros do país desde a chegada dos portugueses. Mas, também, uma mulher interessada no que significa ser mulher. Entre suas obras de corte mais “clássico”, Mary del Priore encaixa outras, de interesse inegavelmente feminino, como História das mulheres no Brasil, História do amor no Brasil e Matar para não morrer, que narra o sangrento triângulo amoroso entre Dona Saninha, Dilermando e o escritor Euclides da Cunha. Graças a Mary, fiquei sabendo que Princesa Isabel era uma obesa viciada em sorvetes e ao assinar a Lei Áurea nem sabia o que significava. Sou fascinada por Historia e Mary nos permiti viajar no tempo sem perceber e tais conhecimentos não saem de nossa mente nunca mais.
Martha Medeiros
Quem vê Martha Medeiros na TV, em inúmeras colunas na imprensa, no teatro e no cinema, não imagina que a hoje cronista já militou como poeta. Uma mostra dessa Martha pode ser conferida na coletânea Poesia reunida, enquanto a outra mostra seu olho afiado para o feminino em livros como Doidas e santas e Divã, seu maior sucesso, adaptado para o teatro e o cinema. Primeiro contato que tive com Martha foi no teatro, ao ver a peça chorei feito criança, dai corri para ler o livro e me emocionei mais ainda. Quando nos cinemas Lilian Cabral retornou como Mercedes foi sensacional. Uma grata leitura e mais uma vez eu recomendo.
E caso queiram aumentar sua listas de livros para ler, todos acima citados estão a com preços ótimo no Submarino, basta clicar no banner aqui ao lado para escolher quem colocar na estante mais próxima. Boa leitura!
Beijos feministas até a alma!!!
4 comentários:
Dicas anotadas, listinha não para de crescer. Adoro!
Descobri que sou muito feminista na hora de escolher meus livros favoritos.
Posso citar várias aqui que voce nem pos no post que estao no meu top 10:
JK Rowling, Stephenie Meyer, Marian Keys, Meg Cabot.
Adoro ser feminista nesse aspecto.
Ahhh Kha, nossas preferidas nem precisam ser citadas, né? todas maravilhosas!
Minha vó é fã da Maitê, assim que saíram os livros comprei pra ela (:
Desses aí começarei a eliminar a listinha de pendências por 'comer, rezar e amar', que além de estar sendo super comentado ainda vai sair filme, então precisamos correr!
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