terça-feira, 6 de outubro de 2009

Comédia inteligente

Todo mundo aqui já viu Juno né? Não? Então já viram Superbad... não também??? Vai dizer que vocês nunca ouviram falar do Michael Cera? Em que mundo vocês vivem?? Ok, estou aqui pra corrigir essa falha gravíssima (de caráter, digo logo).


Michael Austin Cera (7 de junho de 1988, Brampton, Ontário) é um ator canadense, conhecido por suas interpretações como George Michael Bluth na série Arrested Development, Evan no filme Superbad e como Paulie Bleeker em Juno.


É um dos melhores atores cômicos da atualidade. Ele não é um exemplo de beleza, mas é muito engraçado. Já foi indicado duas vezes pelo Canadian Comic Award como melhor ator, por Juno e Superbad. Ganhou por Superbad


Bom, esse tipo de filme que Michael faz surgiu depois do caos causado pelo número absurdo de comédias paródias como "Todo Mundo em Pânico" e "Os Espartalhões" e de filmes onde a graça reside unicamente nos efeitos da maquiagem, como "Vovó... Zona" e "Norbit". Graças à Judd Apatow e seu novo estilo de fazer comédia. Com os títulos "O Virgem de 40 Anos" e "Ligeiramente Grávidos" e uma trupe de amigos (entre eles o ator e roteirista Seth Rogen), mostrou-se que é possível sim fazer rir com coerência.


Superbad:

"Superbad" é produzido por Apatow e roteirizado por Rogen e Evan Goldberg. Os dois começaram a escrevê-lo durante o ginásio, deram aos protagonistas seus dois nomes e trouxeram para o papel muitos dos seus conflitos adolescentes.

O longa conta a história de três amigos que, como vários outros títulos estadunidenses, não querem chegar à faculdade virgens e tentam aproveitar a última festa do ano para resolver esse problema. As característas também não ajudam muito: Seth é gordinho, estabanado e desesperado; Evan, magricela, tímido e retraído; Fogell não é, mas se acha.


Quem viu "Pork's", "A Vingança dos Nerds" e "American Pie" já viu muita coisa do filme. Tem muita bobeira, várias piadas sexuais e alguma escatologia, mas é muito melhor do que todos os outros. A diferença vem justamente do roteiro que não se deixa levar pelas piadas e acaba criando uma história que vai além do comum em filmes sobre o tema.


A direção de Gregg Mottola consegue dar a liberdade aos atores, mas ao mesmo tempo mantém a situação controlada para que nada dure muito mais do que o necessário. O elenco é um atrativo à parte. O trio Michael Cera, Jonah Hill ("Uma Noite no Museu 2") e Christopher Mintz-Plasse ("Faça o que eu Digo, Não Faça o que Faço") funciona tão bem que parece estar junto já há algum tempo e cada um tem o seu brilho individual e seus momentos no filme. Cera faz sua graça de corpo duro e cara tímida enquanto canta "These Eyes", do The Who; Hill é aquele desengonçado com roupa emprestada quando dança com a namorada de alguém, e Mintz-Plasse toma conta de todas as cenas em que aparece com sua criação inesquecível McLovin.


Os coadjuvantes também são responsáveis por bons momentos do filme. Os dois policiais sem noção interpretados por Bill Hader ("Trovão Tropical") e Seth Rogens ("Pagando Bem, Que Mal Tem?"), por exemplo, são fundamentais para muitas das piadas, ainda que estejam presente em mais cenas do que as necessárias.

A trilha sonora é tão boa e irreverente quanto o resto do programa. Daqueles que a gente deve conhecer para ver que ainda existe algum conteúdo nas comédias estadunidenses e que é possível pensar durante um filme que faz rir bastante.


Bom para ser visto e comparado com os outros dois títulos dirigido por Apatow, "O Virgem de 40 Anos" e "Ligeiramente Grávidos", que juntos com "Superbad" formam uma espécie de trilogia sobre a relação do homem (enquanto gênero) e o sexo.

Juno:


Sabe quando você sai do cinema feliz por ter tido essa experiência? Assim é Juno. Uma comédia alternativa, sem muitas pretensões, que acabou virando um sucesso mundial por conseguir tocar as pessoas de maneira simples e divertida.


Na tela, a história de uma adolescente, criada pelo pai e pela madastra, que acaba de descobrir que está grávida do ficante, um nerd do colégio.

Ellen Page está muito bem no papel e consegue transmitir toda a confusão que acontece na cabeça de uma adolescente quando algo ocorre diferente do esperado.

O roteiro foi escrito por Diablo Cody. Ela ficou famosa após seu blog sobre as peripércias de uma stripper ter virado livro. Depois disso veio Juno e agora ela está fazendo uma série junto com ninguém menos que Steven Spielberg. E não é que ela sabe realmente como colocar as coisas no papel? Só com seu primeiro filme ela já ganhou 17 prêmios, ou seja, um nome pra gente ficar de olho.


A trilha sonora também merece um destaque especial. Como o filme tem uma aura bem alternativa, nada melhor do que um monte de música indie, de preferência acústica, para compor o resultado. Nomes como Belle and Sebastien, Cat Power, Antsy Pants, Kimya Dawson e outros estão presentes.

O filme, assim como Pequena Miss Sunshine, mostra que produções simples e sem grandiosos efeitos ainda têm um lugar todo especial junto ao público.

Nick and Norah:


“Nick and Norah” é uma celebração indie. A atitude, a abordagem, tudo é direcionado a esse movimento que não é apenas musical, mas que acabou se tornando um estilo de vida.

A história não tem muito segredo, e por isso mesmo fica tão fácil se encantar e sentir saudade de quando as noites eram assim, tão cheias de surpresas e aventuras, sem a ressaca e o cansaço do dia seguinte. Michael Cera é Nick, um cara meio geeky, meio cool, que toca numa banda onde todos, com exceção dele, são gays. Ele vem tendo dificuldades em esquecer sua antiga namorada, que estuda na mesma escola que Norah (Kat Dennings). Sua ex, a convencida Tris (Alexis Dziena), não vê problemas em aparecer no bar onde Nick está tocando, e acaba pagando por isso.


Nessa noite específica, boa parte da cidade (pelo menos a ala alternativa), está desesperada para descobrir onde será o show surpresa do Where’s Fluffy, banda favorita do nosso casal 20. Nora, mais uma vez atacada por Tris, decide fazer de Nick seu namorado imaginário, gerando um plano mirabolante por partes de seus amigos, que acreditam que os dois tem tudo pra dar certo. Eles decidem levar Caroline (Ari Graynor), amiga de Norah, pra casa, dando assim a chance dos dois se conhecerem melhor.

Tudo pode acontecer em Nova York, e o filme nos mostra porque ela é considerada a cidade que nunca dorme. A amiga bêbada foge, os dois brigam, Tris vira uma psicótica e Norah tenta fugir de um namorado que aparentemente está mais interessado no sobrenome dela do que no que ela realmente representa. Tudo em uma noite.

O filme aborda, de uma maneira despretensiosa todas as dúvidas e as decisões que os adolescentes passam e tem que tomar, independentes do ano de nascimento. A diferença é que em “Nick and Norah” eles não são “plastics” a la “Mean Girls”: são versões honestas do que realmente está acontecendo, de como essa geração esta pensando.


Norah não é o que se espera de uma protagonista, da beleza ao caráter. Ela tem opinião, mas também é cheia de inseguranças. Já Nick é um cara comum, que a gente se encanta simplesmente por ele ser assim, tão confortável em sua própria pele. Não estamos perdidos dentro de um shopping, ou algo parecido. O filme acontece entre ruas e bares de Nova York, com personagens sarcásticos, carismáticos, que amam todos os gêneros de música.

Youth in Revolt:


Novo filme estrelado por Michael Cera, estará nos cinemas em 2010. O filme é uma reprodução do romande de C.D. Payne, de 1993.

O diretor é Miguel Arteta ("Chuck & Buck", "Por Um Sentido na Vida") e o roteiro de Gustin Nash condensa 500 páginas de narrativa repleta de incidentes, descartando personagens e subtramas e mantendo o tom descolado. O filme faz o personagem principal ter 16 anos em lugar de 14 e modera seu estado de excitação sexual permanente.

Nos papéis dos pais divorciados de Nick (e, para a aflição constante dele, sexualmente ativos), Jean Smart e Steve Buscemi transmitem tolice e hipocrisia ao extremo, com a decepção de terem chegado à meia idade pouco abaixo da superfície dissonante. Com seus cabelos loiros tingidos e tops de frente única, Smart tem mais a fazer no filme e o faz bem, especialmente em suas cenas de amassos com seus namorados ridículos (Zach Galifianakis e Ray Liotta).

Graças ao namorado ridículo número 1, Jerry (Galifianakis), Nick vai passar férias num acampamento de trailers cristãos. É onde ele conhece Sheeni, uma Lolita de muita leitura e a garota de seus sonhos virginais, à qual ele se apressa a garantir que Jerry não é seu pai, mas o "acompanhante" de sua mãe.

Tanto Nick quanto Sheeni têm vocabulários extensos e desprezam a mediocridade. Ele adora Sinatra, ela adora Belmondo e tudo o que é francês. Nick não demora a convencer a beldade a terminar seu relacionamento com o convencido ao extremo Trent (Jonathan Bradford Wright). Mas, para que eles possam ficar juntos, Nick precisa fazer seu pai se mudar para Ukiah, onde Sheeni vive, e levar sua mãe a expulsá-lo para a nova casa de seu pai.

Bom, é esperar pra ver. E pra conferir o humor de Michael, aí em baixo tem alguns vídeos dele nos bastidores dos filmes. Tudo truque hein? Hahahaha.





Beijos e vão logo assistir esse filmes hein?!?

Fontes: Cenas de Cinema, CineRonda, Wikipedia, Imdb.

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