quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Chicas forever!

Esse post é uma homenagem mais que justa ao quarteto que vem encantando cada vez mais seu público e levando sua alegria a mais e mais pessoas, um post inteiramente dedicado às Chicas!

E logo surge a primeira pergunta: você conhece as Chicas?



Passando por um momento mais "Chicasólatra" impossível, temos feito essa mesma pergunta a todas as pessoas que conhecemos. A resposta geralmente é negativa (mais um motivo para escrever esse post). Daí nos vemos repetindo a mesma explicação: é uma banda, quatro garotas, duas delas são filhas de Gonzaguinha (netas de Gonzagão - o Rei do Baião), cantam a música de abertura da novela Caras e Bocas (nessa hora já estou cantando junto com a pessoa "Eu faço caras e bocaaaaaaas, com que roupa eu me dou bem...")... e levando em consideração o quanto essas meninas são boas no que fazem, não é justo que ainda não tenham o espaço e o conhecimento que realmente merecem.

Há cerca de 10 dias houve o show "Em tempo de crise nasceu a canção" aqui em Recife. O Teatro da UFPE estava quase lotado, uma coisa linda de se ver. Um sinal de que pelo menos por aqui há gente que não só conhece, mas apoia, admira e se encanta com a simplicidade e a espontaneidade de Isadora Medella, Paula Leal, Amora Pêra e Fernanda Gonzaga.


Parte do Pura Volúpia no Show das Chicas em Recife: Kacau e Mai (atrás) e Ju.

"O quarteto surgiu nos anos 90 a partir de uma peça de teatro, e logo tornou-se uma promessa: quatro meninas afinadíssimas (dessas que se entregam a arranjos vocais intrincados e os fazem funcionar apenas em prol da música, sem que as vozes fiquem saracoteando a esmo), com uma bagagem cascuda de MPB e showbiz no sangue, e um tipo de som que ninguém mais faz", já dizia o site VidaViver há pouco mais de um ano.



O show delas reúne o ecletismo musical, com a dinâmica das vozes e instrumentos de cada uma. Ainda segundo o VidaViver; "Paula canta em uma região mais grave, de forma às vezes mais cínica, e domina todos os instrumentos conhecidos pelo homem desde o atabaque centro-africano; Isadora tem um alcance vocal invejável, ataca as notas com segurança e ainda dedilha um violão cheio de ritmo; as irmãs Amora e Fernanda emprestam mais agudos e emoção às canções (e a primeira ainda espanca uma zabumba como se não houvesse amanhã)".



Divulgadas principalmente no boca-a-boca, começaram a encher casas de shows no Rio, ganhando festivais, até que tornou-se inevitável a gravação de um disco. “Quem vai comprar nosso barulho?” foi produzido pelo próprio quarteto, ao lado de Igor Eça e traz canções como: "Felicidade", "Namorar" e "Geraldinhos e arquibaldos" (composições de Gonzaguinha, a última inclusive fez parte da trilha sonora de Duas Caras, a novela que tinha Juvenal Atena, lembram? Era a canção que tocava quando aparecia as ruas da Portelinha); as faixas "Me deixa" (do Rappa), "Paciencia" (de Lenine e Dudu Falcão) e "Volte para o seu lar" (de Arnaldo Antunes) que são apresentadas totalmente diferente das versões já conhecidas; "Espumas ao vento" (de Accioly Neto) que sob a voz de Paula chega a arrepiar; "Rap do Silva" (Mc Bob Rum) que traz uma batida perfeita do funk, além da lembrança dos milhões de Silvas que andam por aí; "Alô, liberdade!", da trilha dos “Saltimbancos”, uma fanfarra que chega a ser esfuziante; além mais cinco músicas assinadas, isolada ou coletivamente, pelas meninas, como "Oração" (de Amora e Paula), e "O que eu não sou"(de Isadora), por exemplo.



Três anos após o lançamento do primeiro, neste ano saiu o segundo CD do grupo, dessa vez acompanhado de um DVD gravado ao vivo, trazendo músicas inéditas e canções já conhecidas por seu público. Romantismo, pernambucaneidade (em forma do baião e maracatu), funk, mpb... tudo reunido num show mais do que perfeito. No show, elas cantam músicas de outros autores, como “Divino Maravilhoso” (de Gil e Caetano), “Androginismo” (de Kledir da dupla Kleiton e Kledir), "Moleque" (de Gonzaguinha), "O Quereres" (de Caetano Veloso), “Terapia de Murga” (de Rubem Rada, artista uruguaio), além de algumas composições próprias, como “Tánacara quero ver (a roda)” parceria de Carlos Bernardo e Amora Pêra; Olha (Isadora Medella), Cofre (Fernanda Gonzaga) e Nosso Tempo (Pedro Rocha / Amora Pêra e Paula Leal).



Na abertura do show elas entoam “Can´t buy me Love” e "All you need is love" de Lennon e McCartney. Mais do que profissionalismo, é nítida a imensa paixão que ela têm pela música. O uso de intrumentos musicais de todos os tipos é mais uma vez um ponto alto desse CD/DVD/Show. A capacidade que elas têm de intercalar vozes é algo inacreditável. Pense numas meninas competentes!




Pra completar elas relançaram o projeto infantil "Barulinho", que traz mensagens bacanas direcionadas às crianças de maneira divertida e diferente. Além da brincadeira pura em algumas canções.



Bom, é isso... nosso objetivo era apresentar a vocês esse quarteto que está cada vez mais presente em nossas vidas, colocar uma sementinha para ver se ela brota tão forte como brotou por aqui (minha filha [de Kacau] de 9 anos já as ama de paixão...).

Beijo grande!

PS: Nosso santo é tão forte, que bastou resolvermos fazer um post das Chicas, pra elas aparecerem no vídeo show! Olhaí o vídeo pra vocês:


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