segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Memórias de uma infância feliz: Carrossel.



Uma novelinha que marcou minha infância foi Carrossel. Aliás, não só a mim, mas a da maioria dos meus amigos, que tem seus vinte e poucos anos. A história se passava em um colégio no México, chamado Escola Mundial e os personagens eram os alunos da segunda série, sua querida professora Helena e todo o universo que envolvia as crianças, ou seja, funcionários da escola e pais.

Vamos lembrar dos personagens?

Professora Helena Fernández

É a personificação de tudo o que é bom, a jovem e linda (e encalhada) professora Helena era tutora, amiga e mãe de seus alunos. Com seu jeito meigo e enorme (põe enorme nisso!) paciência, a professorinha era amada por todos.

Gente, agora que crescemos e não é mais pecado falar mal dela... cá entre nós, a professora Helena era uma jeca, hein?!

Hoje em dia a intérprete da querida professorinha deu uma engordadinha, mas o rosto continua igual.

Cirilo Rivera

Era um menino pobre e negro. Cirilo caracterizava-se por sua ingenuidade e inocência (que as vezes dava raiva!). Costumava acreditar e cair em praticamente todas as brincadeiras (praticamente nada, em todas mesmo) que fizessem contra ele, sendo por isso sempre motivo de chacota por alguns colegas (tadinho!), em especial o temível Paulo Guerra (uma peste!), que se divertia levando Cirilo na conversa.

Era ainda apaixonado por uma coleguinha de turma, a linda e mimada (e insuportável) Maria Joaquina Villa Señor; amor esse que não era correspondido, pois Maria Joaquina era, além de tudo, racista (nojentinha).

Lembram do bordão famoso "Eu só quis dizer" dele? E da vez em que o Paulo convenceu o Cirilo a passar uma pomada pra que ele ficasse branco? Tinha muita raiva da Maria Joaquina. Aiai.

Maria Joaquina

É uma menina rica, filha de um renomado médico (o dr. Villaseñor), bonita e egoísta que menosprezava seus colegas (lê-se aprendiz de FDP), mas com o tempo aprende a dar valor as coisas importantes da vida (lê-se no final da novela). Na trama, foi sequestrada, mas salva por seus amigos e por Cirilo (legal que as crianças nem corriam perigo em Carrossel, né?).

Laura Gignoni


É uma gordinha comilona e romântica, passava o dia com um grande sanduíche na mão (vontade de comer o sanduiche dela!), e não perdia a chance de desabafar num suspiro "Isso é tão romântico!" E também: "Você é muito anti-romântico!!!", ou "Isto é muito sentimental" (fofinha!).


Kokimoto Mishima


Kokimoto Mishima é uma espevitado oriental, sempre com sua faixinha de karatê amarrada na cabeça (ok, forçaram um pouquinho com essa faixinha de karatê, devo confessar), era invocado e não levava desaforo para casa, sendo um dos capangas guarda-costas do temível Paulo Guerra.

Kokimoto é o mais "saidinho" (lê-se tarado) de seus colegas. Inclusive, na ocasião de férias de fim de ano, passada com toda a turma, sempre tentava espiar as meninas trocando de roupa nas barracas.

Davi Rabinovich (kkkk! RABINOvich. morri!)


É um estudante judeu, com seu rosto angelical e cabelos loiro-cacheados (era muito fofinho!). O pequeno Davi não perdia tempo com as mulheres, tendo como affair (kkkk! com 8 anos de idade e tendo affair!) a levada Valéria, sua colega de classe.

Valéria Ferreira

É a namoradinha míope (te entendo, colega!) do Davi. No auge da pobreza, quando seu pai assinou papéis para um canalha que o traiu lhe deixando uma dívida enorme, costurou roupinhas de boneca durante a madrugada para tentar vendê-las numa loja de brinquedos (Ai que fofa, eu não lembrava disso!); pelas manhãs mostrava-se exausta e era constantemente repreendida pelos pais, que não sabiam da boa ação (hunf!).

Jaime Palillo

Jaime era um gordinho de coração enorme que sempre dizia "Mas que droga de cabeça!" quando não acertava um problema de matemática (Sempre). Numa ocasião, ao tirar nota baixa na escola, Jaime fugiu de casa e pelos caminhos da vida, encontrou um mendigo que o ensinou a tocar gaita (OK, confesso que eu tive uma gaita).

Carmem Carrilho

Era uma menina estudiosa, extremamente pobre, que sofria com a separação dos pais. Destacou-se ao sofrer de apendicite aguda, precisando ser rapidamente operada pelo pai de Maria Joaquina (O doutor salva todo mundo).

Mário Ayala


Em seu primeiro dia de aula com a professora Helena se comportou tão mal que fez a professora Helena e toda a turma chorar (pense num menininho quietinho!). Ele já vinha de outra turma e o trocaram por problemas similares. O próximo passo seria sua expulsão. Mas com o passar do tempo foi se tornando mais comportado e amigo de todos. Ele tinha o cachorro Rabito, que era o mascote da Patrulha Salvadora.

Morava com o pai, que vivia viajando, com a meia-irmã e a madrasta. Sua madrasta o odiava e chegava a esconder dele coisas de comer para dar somente à sua legítima filha (Que espécie de pessoa esconde comida de uma criança? Vaca define). Em uma das viagens do pai do menino, Natália - a madrasta - se uniu a seu cínico irmão para matar o coelho do garoto para cozinhá-lo (Nojenta!). Mário chegou a tempo de salvá-lo (aee). Esse fato causa a separação do casal. No final, Natália se arrepende, volta com seu marido e passa a viver em paz com o garoto, inclusive se tratando como mãe e filho (Ok, finalzinho forçado).

Paulo Guerra


Era um garoto problema (um peste total). Temido por quase todos, Paulo estava sempre aprontando, ora colocando tachinhas na cadeira da roliça Laura ("legal" é como a wikipedia descreve a Laura...), ora bolando um plano maquiavélico contra o pobre Cirilo. Mais para o final da novela, por incrível que pareça, a conduta de Paulo piora. A ponto de ser expulso da Patrulha Salvadora (Resumindo, se fosse realidade, o futuro dele era cadeia ou política).

Marcelina Guerra


Irmã de Paulo, é o oposto do irmão, sendo boazinha demais e sempre defendendo os injustiçados, como Cirilo e Laura.
A atriz era bem bonitinha, mas o papel não era dos mais importantes.

Adriano



Era um menino gordinho secundário na trama, com pouca importância na saga, passando a maior parte do tempo no Mundo da Lua e dividido entre bocejos e cochilos (resumindo, Adriano era a Mirla do Carrossel).

Daniel Zapata


É o líder intelectual da turma, 100% correto e incorruptível, com seu cabelo em forma de tigela (kkkkkkkk) e rosto sardento, foi o criador da organização filantrópica e sem fins lucrativos "Patrulha Salvadora", que com suas missões ajudou vários personagens nas mais inusitadas situações.

Os atores que interpretavam Daniel, Mário e Paulo já crescidinhos.

Bibi Smith



É uma garota descendente de estadunidenses. Por vezes, fala expressões em inglês (era ridícula a dublagem, com aquele sotaquezinho de americano falando, estilo sucker and fucker). Incrivelmente, na segunda metade da novela, a menina some do mapa sem qualquer explicação. Nunca mais apareceu (ainda bem!).

Jorge Delsalto



É o menino mais rico (e mais pau no cu) da saga, foi apresentado ao público mais ou menos na metade da trama. Possuidor de um invejável carrinho branco motorizado (e levante a mão quem não quis na época ter um carrinho daqueles), arrancava sorrisos e piscadelas de Maria Joaquina e despertava inocente ciúme do pobretão Cirilo. Teve sua participação mais memorável durante a esperada corrida contra o carro preto do já ricaço Cirilo.

Diretora Oliva



É o oposto da doce Professora Helena, Oliva era uma solteirona amarga e autoritária, o horror dos alunos e professores (Uma bela imagem pra uma diretora de colégio, né?). Presenteou Jaime Palillo com uma nota zero que preencheu toda a folha de rosto da prova, quando este foi pego colando (danousse! deixa ele viver!).

Firmino



Firmino é o velho porteiro e amigo dos alunos, sempre ajudava a acobertar suas estripulias. Mudaram o ator que o interpretava no meio da novela, só Deus sabe o porquê (o primeiro ator não tinha morrido, como se pensava).

Foram abordados diversos temas no programa, incluindo: religião (lembram da Nossa Senhora de Guadalupe e do São Martin dos Pobres?), racismo (Maria Joaquina deve ser o maior ícone do racismo do mundo), entorpercentes (drogas que colocavam em chocolates para as crianças consumirem), violência, alcoolismo. As crianças da novelinha tanto tinham seus momentos de tranquinagem e certa maldade (beirando a crueldade, na verdade), quanto de solidariedade e bondade para com os amiguinhos.

A novela mostrava o papel do colégio e dos pais na educação e no amadurecimento de uma criança. Naquela época se tinha respeito pelo professor, pelos outros. Hoje, infelizmente, muitos pais se ausentam do papel de educar os filhos, os professores perderam a autoridade na sala de aula, não recebem mais o respeito que deveriam. Conheço gente da área da educação que conta cada história cabeluda que faz o Zeca de Caminhos da Índia parecer um menino modelo.



Fontes: Wikipedia e Carrossel Brasil.

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