O que é bom a gente indica! (Parte 2)

Outra dica pra vocês, dessa vez de leitura, são os livros da irlandesa Marian Keyes. Ela em si já diverte por ser caricata (ver foto abaixo) e o tom de comédia irônico que ela utiliza é de se embolar de rir!

Aqui no Brasil foram publicados sete livros, todos eles best-sellers, bem ao estilo Diário de Bridget Jones, retratando a personagem principal, seus dramas e dúvidas de uma forma bem engraçada. O único ponto negativo é que cada livro custa em torno de R$55,00, mas eu, que já li todos, posso falar pra vocês que vale super a pena!

Top Marian Keyes:

1. Férias

Pra mim é o melhor de todos. A personagem principal, Rachel, mora sozinha em Nova Iorque, levou recentemente um fora do namorado e é viciada em álcool e cocaína (é uma espécie de auto-biografia, já que Marian é alcoólatra), mas acha que não tem problema nenhum.

Até que ela quase morre numa overdose de anti-depressivos e decide, com a influência de sua família, voltar para a Irlanda e mesmo não se considerando alcoólatra, muito menos viciada em drogas, ela se interna em uma clínica de reabilitação (o nome férias vem da temporada que ela passa internada).

Apesar do tema forte, a linguagem que Marian utiliza no livro é extremamente leve e é interessante ver a recuperação da auto-estima da personagem principal.

Rachel é irmã das personagens principais dos livros Melancia e Los Angeles e a família dela é uma loucura!

2. É agora ou nunca

Delícia de livro que além de mostrar as trapalhadas dos relacionamentos de Tara, Katherine e Fintan, ainda mostra a força da amizade deles em frente à uma adversidade que surge.

Descrição:

Tara namora Thomas há dois anos, mas o relacionamento é, digamos assim, morno... frio... gelado, mesmo: o sexo do casal é como Papai Noel, que não existe, mas, se você tiver muita fé, aparece, todo coberto de neve, uma vez por ano (ou seja, volúpia zero).

Thomas, ainda por cima, é um pé-rapado que vive comprando presentes ridículos para a namorada - como cremes para as mãos e bolsas de água quente... em promoção (lê-se mão de vaca). Para piorar, ele ainda tem a coragem de dizer que Tara está gorda - só porque seu manequim pulou de 42 para 50 (ele faz Tara colocar um vestido que deu a ela quando se conheceram para mostrar na cara dela quanto ela engordou. Enfim, é um idiota!)!

Já Katherine é uma mulher independente e equilibrada, que sempre atraiu os olhares masculinos. Mas sua primeira decepção amorosa ocorreu aos 19 anos, abrindo feridas jamais cicatrizadas. Hoje, ela prefere se relacionar com vitrines de lojas de roupas ou controle remoto de sua televisão. Nem Joe Roth, o colega de trabalho bonitão que se ofereceu para ajudá-a a trocar de canal, parece interessá-la (enfim, ela é uma máquina de gelo com os homens e finge que não precisa de ninguém para viver bem).

E Fintan (um fofo), que nunca escondeu sua homossexualidade (no livro ele é casado com Sandro), encontrou o equilíbrio na amizade da dupla. Mas esse círculo, antes perfeito, fica a ponto de se quebrar quando ele revela sofrer de uma séria doença. Assim, as duas prometem fazer tudo o que o amigo pedir e o mundo fica de pernas para o ar! Graças às suas exigências malucas, Fintan assiste de camarote às mudanças - para melhor, claro - nas vidas de Tara e Katherine.

É bem estilo Friends (o seriado mais maravilhoso de todos os tempos ever): viciante! Quando termina você acha que Fintan, Katherine e Tara fazem parte da sua vida.

3. Los Angeles

Fala da crise do casamento tido por todos como perfeito de Maggie (a irmã super equilibrada da Rachel de Férias) e da sua mudança para cidade de Los Angeles!

Maggie sempre foi uma anjinha, a cria mais certinha (enfim, uma p. no c.) da complicada (e engraçadíssima) família Walsh... até se cansar de andar na linha e mandar todas as regras que a prendiam a um dia-a-dia em sal (e muito menos açúcar) às favas - a começar pelo casamento (que, para o bem da verdade, nunca havia realmente engrenado) e o trabalho bitolante numa firma de advocacia (tédio em cima de tédio).

Ao largar essa vida em preto e branco (opa, dica de filme implícita: A Vida em Preto & Branco, é ótimo!) no passado, Maggie decide se mandar para o lugar onde a realidade promete ser em Technicolor: Hollywood, claro! Terra do glamour, da liberdade, da beleza (até as palmeiras das calçadas são magras [Maggie chega a conclusão que as pessoas de L.A não comem!]), da luxúria e, obviamente, da diversão!

Em Los Angeles acompanhamos Maggie Walsh em sua busca por um sentido na vida em meio às calçadas estreladas de Hollywood, os subúrbios sofisticados de L.A., o bronzeado deslumbrante que só se consegue nas praias da Califórnia (ou em bronzeamento artificial!), vários martínis (delícia!), algumas (muitas) decepções... e muitas risadas, claro.

4. Melancia

Foi demais da conta para Claire o dia do nascimento da sua filha. Ao acordar no quarto do hospital depara com o marido (um grandessíssimo FDP) olhando-a na cama. Deduzindo tratar-se de algum tipo de sinal de respeito (kkkk, coitada dela!), ela nem suspeita de que ele soltará a notícia da sua iminente separação: "Ouça, Claire, lamento muito, mas encontrei outra pessoa e vou ficar com ela. Desculpe quanto ao bebê e todo o resto, deixar você desse jeito..." Em seguida, dá meia-volta e deixa rapidamente o quarto. De fato, ele sai quase correndo (adoro as descrições!).

Com 29 anos, uma filha recém-nascida nos braços e um marido que acabou de confessar um caso de mais de seis meses com a vizinha também casada, Claire se resume a um coração partido, um corpo inteiramente redondo, aparentando uma melancia (por isso o título do livro, Claire se achava a própria melancia), e os efeitos colaterais da gravidez, como, digamos, um canal de nascimento (canal de nascimento é ótimo!!) dez vezes maior que seu tamanho normal!

Não tendo nada melhor em vista, Claire volta a morar com sua excêntrica família (Ela é irmã de Rachel [Férias], Maggie [Los Angeles], Helen e Anna): duas irmãs (só Helen e Anna moram com os pais), uma delas obcecada pelo oculto, e a outra, uma demolidora de corações; uma mãe viciada em telenovelas e com fobia de cozinha (pior cozinheira ever); e um pai à beira de um ataque de nervos (não é pra menos, a família é uma loucura!).

Depois de muitos dias em depressão, bebedeira e choro, Claire decide avaliar os prós e contras de um casamento de três anos. E começa a se sentir melhor. Aliás, bem melhor. É justamente nesse momento que James, seu ex-marido, reaparece, para convence-la a assumir a culpa por tê-lo jogado nos braços de outra mulher (reforçando, grandessísimo FDP mesmo!)... Claire irá recebê-lo, mas lhe reservará uma bela surpresa...

5. Casório

Lucy Sullivan vai se casar. Essa moça de 26 anos, que divide o apartamento com as amigas, não tem dúvidas de que, dentro de poucos meses, estará entrando na igreja durante uma linda cerimônia (afinal, uma cartomante muito boa viu esse futuro pra ela!).

Só falta um pequeno detalhe: o noivo! Mas Lucy, que nem ao menos tem um namorado e nunca foi muito bem-sucedida no amor, confia piamente nas previsões de sua cartomante e iniciará uma busca incessante (e hilariante) por um bom partido: ele só precisa ser bonito, inteligente e não lembrar em nada o seu pai.

6. Sushi

A vida da editora de revistas, Lisa Edwards mudou quando ela descobriu que seu novo emprego não passa de uma ordem de deportação para a Irlanda para o lançamento da revista Garota (ela achava que seria promovida na empresa que trabalhava!).

Ela queria recusar esta tarefa, só não desistiu devido a presença de seu novo colírio, isto é, chefe, Jack Devine, um sujeito desgrenhado e fechadão. Para ela, isto é motivo suficiente para aceitar o desafio, (embora não estivesse com muita vontade de enfrenta-lo).

Ashling Kennedy, a editora assistente da revista Garota, também não esta com a vida indo bem (maior drama pessoal dela é não ter cintura!). É a Rainha da Ansiedade, e não é de hoje que sente que algo não está cem por cento na sua vida. A pessoa que ela mais inveja no mundo é sua amiga de longa data, Clodagh - e tem bons motivos para isso. Conhecida como "Princesa", a vida dela sempre foi um mar de rosas de tão boa. Ao lado de seu belo marido e dois filhinhos encantadores (duas pestes!), ela vive um conto de fadas doméstico em seu castelo. Mas então, por que será que nos últimos tempos anda sentindo vontade - e não pela primeira vez - de beijar um sapo?

"Sushi" é um livro sobre a busca da felicidade. E ensina que, quando você deixa as coisas ferverem sob a superfície por tempo demais, cedo ou tarde elas acabam transbordando. Perspicaz, engraçado e humano, este romance de Marian Keyes consolida sua posição como a mais popular jovem autora da Grã-Bretanha.

Após ler o livro, você precisa sair correndo num restaurante de comida japonesa e devorar sushis até matar seu desejo!

7. Um Bestseller para Chamar de Meu

Por ser o maior dos sete livos e contar três histórias (que se cruzam no final), ele é um pouco cansativo. O começo do livro não é tão legal com os outros, mas do meio pro fim fica muito bom e você não consegue mais largá-lo.

Enfim, o bom dos livros de Marian Keyes é a arte de tirar algo engraçado das pequenas (e grandes) desgraças da vida!

Divirtam-se!

UPDATE 17h04:

Pessoal, os livros tão em promoção (em torno de R$35,00) no site do Submarino! Aproveitem!