sábado, 11 de julho de 2009

Memória de uma Infância Feliz: brincadeiras.

Bem, na verdade agora eu deveria estar refazendo (tive que refazer meu projeto com 6 meses de coleta, entendam meu drama!) meu projeto do Mestrado. Mas não seria tão legal quanto fazer esse post, então, que o mestrado cuide um pouco da sua vida e aguarde o momento dele!

Hoje o post é sobre brincadeirinhas que embalaram a nossa infância. Sim, porque naquela época era saudável e possível (criminalidade hoje impera) se brincar na rua de casa. E antes, até as crianças de prédio conheciam TODOS os vizinhos e tinham muitos amigos.
Cinco Marias (ou almofadinha)


Como brincar: Jogue um dos saquinhos para cima. Enquanto o saquinho sobe e desce, tente pegar um dos saquinhos que estão no chão. Em seguida, você joga os dois saquinhos que estão na sua mão para o alto e enquanto eles sobem e descem, tente pegar outro saquinho que está no chão. Em seguida, faça do mesmo modo com três e quatro saquinhos. Aquele que conseguir marcar mais pontos é o campeão.

Numa viagem que eu fiz, uma loja que fui vendia um conjunto de almofadinhas para brincar de cinco marias. Enlouqueci de felicidade! Não tive dúvidas, comprei para minha sobrinha, que na época deveria ter uns sete ou oito anos, achando que ia abalar Bangu. Resultado: ela não sabia pra que serviam aquelas almofadinhas e nem curtiu muito o presente, o que valeu mais porque antes de dá-lo pra ela, eu já havia brincado mooooooito com as almofadinhas.

Vivo Morto


Como brincar: Uma das crianças (ou o recreador, no caso das festas infantis) dá as ordens para as outras cumprirem. Se a ordem for vivo, as outras crianças devem ficar de pé; se for morto, todas devem abaixar. Aquele que se baixar quando for para ficar de pé, ou vice-versa, é eliminado. Ganha aquele que acertar todos os comandos.

Brincadeira típica de festas infantis! Se me pegarem hoje pra brincar de Vivo Morto, acho que abaixo e não subo mais. :P


Passa Anel



Como Brincar: Todos devem unir as palmas das mãos e erguê-las na sua frente. Quem ganhou na sorte (lê-se zerinho ou um, seguido de par ou ímpar) deve segurar o anel entre as palmas das mãos e passar as suas mãos pelas mãos dos componentes do grupo deixando o anel nas mãos de alguém que ele escolher, mas deve continuar fazendo de conta que continua passando o anel até o último do grupo. Ao final pergunta a um dos participantes onde está o anel? Se este acertar ele será o próximo a passar o anel. Se errar, quem recebeu o anel é que passará, começando novamente a brincadeira.

Momento desabafo: NUNCA me escolhiam para dar o anel. Na verdade, nem precisava ser um anel que se passava, poderia ser uma pedrinha ou qualquer coisa não muito grande, que desse pra passar de mão em mão.

Pega




O mais tradicional era aquele que se escolhia o primeiro pegador e que os outros que tavam na brincadeira ficavam correndo alucinados para não serem pegos. Quando o pegador pegava alguém, a pessoa pega passava a ser o que tinha que correr atrás dos outros. Além do Pega Pegou tradicional, ainda haviam variações: Pega acocorou, pega congelou, pega macaco.

Quente Frio


Alguém escondia um objeto e outra pessoa tinha que procurar. Daí se tivesse perto de encontrar, o que escondia dizia que estava quente e se estava longe, dizia que estava frio. O Quente Frio era incorporado a outras brincadeiras, como: gato mia (um tipo de cabra-cega), quebra-balão (aquela brincadeira típica de festa infantil, na qual se tem que estourar um balão cheio de guloseimas), etc.

Pula-carniça


Explicação: Faz-se uma fila de crianças que deverão estar curvado com as mãos apoiadas na coxa. Uma criança começa pulando sobre todos. Quando pular a última carniça o pulador pára adiante esperando que os seguintes pulem sobre ele.

Provavelmente a origem das dores de coluna pós-infância.

Esconde-esconde





Como brincar: Escolha um lugar para ser o pique e quem vai ficar nele (o nerd sempre se dava mal na escolha de quem ia procurar: fato.). O jogador escolhido (= o nerd) fica de costas e de olhos fechados no pique, contando até o número combinado. Enquanto isso, o resto do grupo tem de se esconder. Quando termina de contar, o jogador vai procurar os companheiros. Quem está escondido tem de correr até o pique para se salvar. Quando escontra alguém, o jogador que está procurando tem de voltar ao pique e dizer onde é que viu o companheiro. Se o jogador encontrado chegar ao pique antes do perseguidor, ele se salva. O primeiro que for pego é o perseguidor na próxima jogada. Se todo mundo for salvo, a brincadeira continua com o mesmo perseguidor.

Tinha gente que chamava essa brincadeira de Pique-esconde e tinha que ter muito fôlego para correr até o pique e se salvar. Ninguém queria ser o que procurava! Algumas crianças maldosas simplesmente saíam da brincadeira e deixavam o outro procurando horas sem achá-las.

Dança das cadeiras




Como Brincar: Coloque as cadeiras em fileira de acordo com o desenho. Deverá haver uma cadeira a menos do que o número de participantes. Por exemplo, para dez jogadores, coloque nove cadeiras. Ao som de uma música bem animada, voce e seus amigos, todos com as mãos para trás, começam a dançar em volta das cadeiras no ritmo da música. Peça para um adulto ficar controlando a música.

Muito comum em festas de aniversário e o que conseguia chegar ao final e sentava na cadeira ganhava um prêmio.

Cabra-cega ou Gato Mia


Como brincar: Escolha um lugar nem tão grande nem tão pequeno. Tire a sorte no par ou ímpar, no 0 ou 1 para ver quem será a cabra-cega. A cabra-cega deverá ter os olhos vedados com um lenço. Todos então saem correndo e a cabra-cega deverá tentar pegar alguém. Quando conseguir ela deverá adivinhar quem é. Se acertar a presa deverá ser a próxima cabra-cega, se errar a cabra-cega continua sendo a mesma de antes.

A diferença é que o gato mia geralmente era em um quarto, com a luz apagada. E que a pessoa quando era pega tinha que miar (O pegador dizia: gato mia!). Se o pegador acertasse quem tinha miado, ganhava e a pessoa pega era o novo pegador. A quantidade de queda que as duas brincadeiras conseguiram produzir, não está no gibi.


Cabo de Guerra



Como brincar: Primeiro, escolham um espaço e tracem uma linha no chão para dividi-lo ao meio. As crianças devem ser separadas em dois times, sendo que cada time fica com um lado do espaço. Os participantes ficam em fila e todos seguram na corda. Posicionem a corda conforme o desenho ao lado. Alguém de fora dos grupos dá um sinal para começar a partida. Ele será também o juiz que fiscalizará o jogo de forças. Os participantes devem puxar a corda, até que uma das equipes ultrapasse a linha no chão. Serão vencedores aqueles que puxarem toda a equipe adversária para o seu espaço.
Esse daí é comum em acampamentos e é considerado um esporte, inclusive até 1920 era uma modalidade dos jogos olímpicos. Inclusive, uma das provas da comida do Big Brother passado foi com a brincadeira do cabo de guerra.

Queimada (Queimado, no Recife; Bola Queimada, no Paraná)




Como jogar: Tinha uma explicação imensa sobre o jogo, mas pra resumir: o objetivo é "queimar" todos os participantes da outra equipe. Em alguns jogos havia o céu (local para onde ia o jogador queimado), e em outros não (quem era queimado, saía do jogo), dependia de como as crianças queriam brincar.
Eu era péssima no queimado (fato), quando era pra jogar na educação física, eu ficava contrariada. Não tinha força (maaaaagra) para jogar a bola e morria de medo de leva bolada. Hoje em dia se eu for jogar, eu detono (modéstia à parte)!

Polícia e Ladrão




Um grupo era polícia e o outro ladrão e, como deveria ser na vida real, os policiais corriam atrás e "prendiam" os bandidos.

Pipa


Brincadeira mais comum entre os meninos e entre crianças de bairros e cidades menores. Por causa dos postes de energia, se tornou bem perigosa. Eu, particularmente, tive apenas uma pipa na vida, que meu pai comprou na praia, ela voou e se enroscou nos fios. Um menino foi lá, pegou a minha pipa e ficou pra ele. Fim.


Pião




Também era mais comum entre meninos. Eu não me lembro se tive um pião, mas acredito que não. Mas lembro de um filme que vi quando criança, de um menino que procurava o pião perfeito numa loja de um japonês. Não lembro o nome, mas adorava o filme.


Pau de Sebo




Brincadeira mais comum em festa junina de cidade de interior. A criança tem que subir o pau de sebo, que é bem escorregadio, e pegar o prêmio que fica lá no topo.


Brincadeira de Elástico



Brinquei demais disso! O objetivo era pular o elástico, a medida que ia pulando, iam subindo o elástico. Começava no tornozelo e terminava no pescoço (que a gente entrava com a cabeça no elástico, porque era muito alto).

Detetive



Como brincar: primeiro tinha que escrever em papéis: detetive, assassino e vítimas. No jogo só havia um assassino e um detetive, o resto dos jogadores seria vítima. Cada um pega um papel. O assassino matava as vítimas piscando e o detetive tinha que descobrir quem era o assassino antes que ele conseguisse matar todas as vítimas.

Ok, eu não me dava muito bem com esse jogo porque não sei piscar direito.


Nome, lugar e objeto

Também é conhecido como Stop. Os participantes primeiro faziam adedonha (aquele jogo, que todos mostram uma quantidade de dedos que quiser, aí contam quantos dedos foram mostrados para chegar num número total), o número total da adedonha correspondia a letra que se ia brincar (ex: 1=a, 2=b, e assim por diante). Todos tinham que escrever em um papel palavras com a letra que tinha dado nos campos: nome, lugar, objeto, cor, carro, fruta, artista, pch (parte do corpo humano), mse (minha sogra é), etc.
O primeiro que acabasse gritava stop e todos tinham que parar. Se a pessoa tivesse colocado um nome, que não fosse citado pelos outros jogadores, ganhava 10 pontos; se houvesse coincidência, eram 5 pontos; se não tivesse dado tempo de escreve, 0 pontos. Ganhava quem no final do jogo tivesse mais pontos.
Até hoje eu ainda brinco disso! Adoro! Quando não tem papel, é só brincar de adedonha e escolher um assunto. Por exemplo: Cidades com a letra E. Aí cada pessoa vai dizendo uma cidade e tal.

Pular Corda



Como brincar: Duas crianças seguram a corda nas extremidades bem perto do chão. As outras crianças começam a saltar. À medida que saltam o nível da altura deverá ir subindo. Será o vencedor quem conseguir pular mais alto.

Acho difícil uma pessoa ter sido criança na década de 80/90 e não ter brincado uma vezinha que seja de corda! Era muito bom! Um hit famoso da infância era aquele do Trem da Alegria: "De todas brincadeiras que eu gosto a melhor é pular corda". Tinham outras brincadeiras com corda, como: chicotinho, chicotinho queimado, cobrinha, foguinho, subi na roseira, etc.


Batata Quente




Como brincar: Sente com seus amigos no chão formando um círculo. Peça para o jogador mais velho ou um adulto para controlar a música, parando de vez em quando. Enquanto a música estiver tocando, todos vão passando a batata de mão em mão no ritmo da música. Se a música for lenta, bem devagar. Se a música for agitada, bem depressa. Quando a música parar, aquele que estiver com a batata na mão sairá da brincadeira. O jogo termina quando ficar apenas um jogador, que será o vencedor.

Outra brincadeira de festinhas de aniversário, mas ao invés da batata, usavam bola.

Amarelinha



Essa eu brinquei demais! A gente desenhava a amarelinha com giz no chão e saía pulando.

Futebol de Botão



Brinquei muito com meu primo de futebol de botão. Tinha todos os times do campeonato brasileiro e regional e o goleiro geralmente era uma caixa de fósforo!


Bolinha de Gude


Eu nem brincava muito de bolinha de gude, mas tinha um saquinho cheio delas. Tinha daquelas todas coloridas e umas transparentes com um negócio colorido dentro.

Peteca



Um objetivo básico: Não deixar a peteca cair! A versão com bola também era ótima!

Batatinha frita 1, 2, 3


Como brincar: Sorteia-se a criança que será a batatinha.A criança sorteada para o lugar de batatinha frita fica de costas em relação às outras, distante alguns metros e de rosto "tampado".O objetivo do jogo é chegar à batata frita sem ser vista. Todos devem andar ou correr enquanto o companheiro está de costas, dizendo: Batatinha frita, um, dois, três ! Ao terminar a contagem, todos devem ficar imóveis para não serem vistos em movimento pelo colega que se volta rapidamente tentando flagrar os outros. Se o consegue, aquele que foi flagrado deve voltar ao ponto de partida. Se não, mantém-se no lugar onde está, aproximando-se cada vez mais da batatinha frita. O primeiro a tocá-la será na próxima vez a batatinha frita.
Barra Bandeira



Como brincar: As crianças são divididas em dois grupos de igual número.No campo, dividido também em dois, são plantadas duas bandeiras (uma de cada lado). Você pode usar qualquer coisa para representar a bandeira, mas que sejam iguais. Cada grupo deve tentar roubar a bandeira do lado oposto, sem ser tocado pelos jogadores daquele lado.Se for tocado vai para a prisão.O lado que tiver mais crianças presas perde e o outro lado consegue finalmente roubar a bandeira.

Ainda tinham brincadeiras legais, como:
Pêra, uva, maçã ou salada mista (para os mais crescidinhos e que foi homenageada pela Xuxa);
Sete pecados (aquela que jogava a bola pra cima); alfândega (aquela que uma criança saia da sala e as outras inventavam uma "regra" pra que saiu adivinhar), boca de forno (seu mestre mandou dizer que...), escravos de jó (aquela brincadeira da pedrinha, que era passada de um jogador para outro com a música: "escravos de jó, jogavam caxangá, tira, bota, deixa o zé pereira fica. guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá"), forca (para adivinhar a palavra) , doidinho (aquela que tinha que jogar a bola, sem que o jogador que tivesse no meio da roda pudesse pegar), etc.

Fontes:
Planeta Educação

5 comentários:

♫ Verinha ♥ disse...

eh saudades,nossa infãncia foi muito boa, hj vejo os meus sobrinhos, eles soh querem saber de internet (Tô parecendo minha mãe falando rsrsrrs)...a genete era muito FELIZ!!!

beijo Mai....beijão galera da Volupolândia =))))

Kha disse...

Saudade de um tempo que nao volta!!!
Brinquei muito de tudo isso, alguns tinham nomes diferentes, mas a brincadeira era a mesma.

Eramos felizes e nao sabiamos.

Bjo

Fernanda Reali disse...

Com exceção do Pau de Sebo, Detetive e Barra Bandeira, que não conhecia, todas as outras fazem parte das brincadeiras dos meus filhos. Eles AMAM brincar de Stop, amarelinha, esconde-esconde e caçador (principalmente se for na piscina com bola de espuma).

Minha mãe mandou 2 conjuntos de 5 Marias, eu amei, mas eles nem tchum!!!

Mesmo tendo muitos jogos Grow, eletrônicos e computador, precisam brincar "como antigamente". Despertar o gosto pela simplicidade é essencial.

Lindo post, obrigada!!!

Tacy disse...

ah gentee que otimo relembrar tudo isso, que saudades dessa epoca, minha infancia toda brincando com todas essas brincadeiras aí, tempo muito bom, uma pena que hoje não se pode mais brincar na rua ou no predio, devido a maldita criminalidade, era tão legal!
Fato que quando vou a alguma festa infantil que tem esss brincadeiras eu me faço hahahaha volto mesmo a ser criança é tão bom!
Queria voltar no tempo, /comofaz?

Giuliana disse...

Tudoooooo de bom!!!

Pode contar nos dedos algumas dessas brincadeiras que não brinquei..do resto, me acabei e me acabo ainda, que nem a Tacy, nas festinhas infantis...rsrs

Adoroooo o mundo infantil...=D