quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Os piores

Já temos em mãos os indicados ao Globo de Ouro e listas como as que a Ju postou ontem sempre me lembram de que o pior existe e não foi só eu que pensei nisso, pois segundo a Veja eis que surgem os piores filmes brasileiros de todos os tempos. Ui, medo! 

10 - Luzia Homem -1984


“Age e pensa como homem. Ama e sente como mulher. (nooooossa!)” É assim que Luzia Homem é apresentada ao público no trailer do filme de 1984. Baseado no romance homônimo de Domingos Olímpio, conta a história da menina que presencia o homicídio de seus pais, passa a ser criada por um vaqueiro e acaba ganhando os trejeitos dos homens do sertão, até que cresce, vai atrás do assassino e acaba se apaixonando (puta merda). Além da fraca atuação de Claudia Ohana (Mentira?), a protagonista não tem nada que chegue a cativar a simpatia do espectador (Que maldade com a moça, rs). Na literatura, a história é considerada um clássico. Nos cinemas, não passou de algo sem grande expressão, talvez também por deixar a essência retirante do livro de lado e focar a vida amorosa da personagem (Que em se tratando de filme brasileiro é super normal. Pornochanchada mode on).

9- Lula - O filho do Brasil.


A mais cara produção brasileira -- 12 milhões de reais -- estreou nos cinemas este ano esperando atrair mais de 5 milhões de pessoas. Não chegou a 900.000. Claramente, a mitificação que Lula, o Filho do Brasil faz da vida do presidente não agradou (me explica por que agradaria?). O diretor, Fábio Barreto, chegou a dizer que sua intenção não era ser fiel à realidade (Aham, senta lá), mas sim “fazer um melodrama”. E conseguiu, já que muitas cenas mostradas no longa jamais aconteceram, e outras foram infladas de tal forma que Lula ganha ares de herói (Aff). Em uma passagem, por exemplo, Lula criança enfrenta o pai, que tentava bater em sua mãe, gritando: “Homem não bate em mulher”. O fato verdadeiro -- citado pelo livro de mesmo nome -- é que, depois de bater em Dona Lindu, o pai de Lula avança para bater nele, mas é contido pela mãe (Chamem a Melissa, ao menos ela tenta não estragar, hahaha).

8 - O Guerreiro Didi e a Princesa Lili.


Se seu filho chegar com todo aquele charme típico das crianças pedindo: “Papai, faz um filme para mim?”, não aceite (Por favor). Tome como exemplo o erro cometido por Renato Aragão ao dizer “sim” para Lívian e produzir O Guerreiro Didi e a Ninja Lili (2008), depois de já ter mimado a filha com O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili (2006) -- sim, são dois filmes diferentes (No maior estilo: errei e vou cagar de novo). É importante, claro, levar em consideração que desde o fim dos Trapalhões ele parece estar fazendo hora extra na TV e no cinema (Fato), alheio ao fato de o sucesso do passado já ter ido por água abaixo. Por isso, a cada ano surge um título novo que ganha os cinemas e decepciona crítica e público. Mas nada que se compare ao talento duvidoso da pequena Lívian que, se sonha mesmo em ser atriz e protagonista de um filme de verdade algum dia, tem um longo caminho pela frente (Ou não. A propósito, alguém ainda assiste ao Didi?).

7 - Orfeu


A mitologia grega subiu o morro carioca em pleno Carnaval (muito típico do excesso de ócio). Em vez de um deus, Orfeu (Toni Garrido) é compositor de escola de samba. Sua amada, Eurídice (Patrícia França), é a mais nova moradora da favela, e o antagonista da história é Lucinho (Murilo Benício), chefe do tráfico local. Uma adaptação abrasileiradamente pobre de um drama que, na versão original, é permeada por magia e deuses. Incrivelmente, foi o filme que o Brasil tentou levar ao Oscar de melhor filme estrangeiro (Vergonha alheia). Nem chegou perto (Graças aos Deuses). Apesar da pouca consistência da trama e da tentativa fracassada de Toni Garrido de convencer como ator (Convencer? HAHAHA), conseguiu atrair 900.000 pessoas aos cinemas e foi veiculado em horário nobre na TV aberta (Ironias a parte, a trilha do Filme é bem legal e seu maior/único sucesso toca nas rádios até hoje. Nome da musica para os curiosos é "Sou você").

6 - Acquaria


Sandy e Júnior são irmãos, cantam e querem o bem do mundo (vou vomitar). Não, não se trata da biografia dos filhos do sertanejo Xororó. É o filme Acquaria (2003), que mostra a luta de dois jovens pela preservação da Terra e dos humanos, a partir do momento em que o planeta vê todas as suas reservas de água secarem (Cha-tos). Mas, para tentar atrair a atração do público, o longa não poderia se limitar ao já limitado talento da dupla no ramo da atuação (Auch, essa doeu! rs). Pensando nisso, a história teria que seguir em algum momento para o lado da música. Afinal, eles são cantores (¬¬). O longa mostra, então, a vila onde moravam dois cientistas que desenvolviam uma máquina de gerar água e, ao mesmo tempo, construíam instrumentos musicais (Neste momento do filme você se acomoda e boceja, boceja muito). Depois que eles são mortos, o local se torna ponto de encontro de músicos. E Sandy canta. Levou pouco mais de 800.000 pessoas aos cinemas (Sim, eu vi esta merda só para tomar mais raiva e poder falar mal com propriedade, hahahaha).

5 - Xuxa em sonho de menina


Nas décadas de 80 e 90, qualquer filme que levasse o nome de Xuxa era chamariz suficiente para atrair milhões de pessoas aos cinemas e garantir sucesso (Isso é verdade). O período de férias escolares era dominado por ela e Os Trapalhões. Mas, a entrada dos anos 2000 foi um golpe de foice na majestade da Rainha dos Baixinhos (e ponha foice nisso). Seus filmes viram o número de espectadores cair vertiginosamente. Xuxa em Sonho de Menina (2007) foi o marco dessa decadência -- depois de mais de dois meses em cartaz, o número de espectadores não saiu da faixa dos 300.000. Em entrevista, Xuxa chegou a dizer que se tratava de uma sequência de Lua de Cristal (1990) (Cagou pela boca, filha). Mas nem de longe a história da professora Kika, que volta a ser criança ao comer um doce de maçã mágico, pode ser comparado ao clássico que levou mais de 5 milhões de pessoas aos cinemas (E nós é que sofremos com essas "senas" medonhas).

4 - Doida Demais

Verdade seja dita: Vera Fischer é, sim, só mais um rostinho bonito na TV. Quando o espectador entende isso, passa a perceber que ela cumpre bem seu papel no filme Doida Demais (1989), feito numa época em que pudor não era algo muito aplicado ao cinema nacional (Pornochachadas gritantes). O que resta, portanto, é admirar seu corpo e os lindos olhos verdes (e só isso?). Nem os grandes talentos de José Wilker e Paulo Betti fazem a história valer alguma coisa (Tem história?). Vera vive Letícia, uma falsificadora de quadros, que decide terminar seu relacionamento com Noé (José Wilker). Ele não aceita e começa a persegui-la, principalmente depois que ela conhece Gabriel (Paulo Betti), com quem começa a se relacionar. O filme foi uma decepção para os fãs do diretor Sérgio Rezende, que vinha numa carreira de sucesso crescente (Nem quero imaginar essa tal carreira de sucesso. Tenso).

3- Inspetor Faustão e o Mallandro


Se o talento de Faustão como apresentador é algo duvidoso (Duvidoso é pouco), como ator ele pode ter uma certeza: não nasceu para isso. Junte-se a ele o inclassificável Sérgio Mallandro e uma história bizarra e temos Inspetor Faustão e o Mallandro, filme de 1991. Faustão é um feirante que recebe um chamado divino para investigar o desaparecimento de uma espécie rara de codornas, cujos ovos são alvo de contrabando devido a suas propriedades afrodisíacas. São estes ovos que servem de inspiração a Mallandro, o desastrado assistente do inspetor que sonha em ser cantor, para criar o “rap do ovo” -- que se tornou um clássico trash da década de 90. Registrou um público de pouco mais de 400.000 pessoas. (Juro que estou sem palavras diante tamanha bizarrice).

2- Entre lençóis


A inquestionável beleza de Paola Oliveira e Reynaldo Giannechini é a única coisa que realmente chama a atenção em Entre Lençóis (2008). Talvez por isso o diretor tenha explorado os corpos dos dois atores de todos os ângulos possíveis (muito provável). O ambiente facilitou as filmagens nesse sentido, já que quase todo o filme se passa em um quarto de motel onde figurino acaba reduzido ao lençol da cama -- quando muito (Ui). É onde o casal se encontra desde a primeira vez, após se conhecerem em uma boate e trocarem umas poucas palavras (Molinho, molinho, fácil, fácil). Mesmo que depois o mesmo quarto sirva para que eles conversem sobre os mais diversos temas, muito pouco se acrescenta. Tudo na relação de Roberto e Paula parece confuso e superficial, assim como o longa, que teve pouco mais de 130.000 espectadores (Eu goxxxtei muito das Cenas sexy hot! hahaha).

1- Cinderela Baiana


Vergonha alheia. É o que sentem os brasileiros que assistem ao menos um trecho de Cinderela Baiana (1998). Se até Carla Perez -- a protagonista -- disse mais de uma vez que “como atriz” se arrepende do filme, ele não deve ser algo que deva ser levado a sério (morro de rir sempre que esse filme é citado em qualquer lista). Tudo já começou errado, quando alguém pensou que uma dançarina de axé, por melhor que fosse, mereceria uma cinebiografia (Começou errado pelo cabelo de Carla. Deus, o que é aquilo?). Sim, o filme conta a trajetória da loira, que venceu uma infância pobre para ganhar fama e sucesso na dança. Mas tudo é contado, claro, de uma forma muito mais “épica”. Foi um fiasco de bilheteria nos cinemas -- não há números oficiais, talvez pela dúvida de que alguém tenha realmente assistido (hahahahahaha)-, mas é um grande sucesso no YouTube entre os fãs de fitas “trash”. No apoteótico final, Carla desce de seu super carro indignada -- mesmo que a expressão facial não retrate isso -- ao ver pequenos pedintes na beira da estrada, faz um discurso criticando o trabalho infantil e dança alegre ao lado das crianças. (Tu-do a ver!)

Será que tem piores que esses? 

Beijos Voluptuosos!

5 comentários:

Kha disse...

Puts, que vergonha alheeeeeeeia dessa lista!

Tirando Entre Lençois, que pode até não ter um roteiro digno de Oscar, mas que é bonzinho sim e conta com o plus de Gianne NU, o resto é tudo vergonhoso!

Puts, imagina ser ator de um desses filmes.

Andreza disse...

Creio que não!!!!!!

Ju disse...

MORRO de rir só de ouvir o nome "cinderela baiana" hahahahhahahahhahahahahhaa

eu amo sandy e junior, mas admito que acquaria foi realmente uó.

Unknown disse...

Faustão e Sergio Mallandro? Que bela dupla ein.

Kacau disse...

Concordo com Kha, tirando entre lençóis, de que gostei muito (não tem como não gostar de ver Gianne peladão... ui), dos outros... não se aproveita nadica! :P