segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Senta que lá vem história!

Bom Dia, Pessoas voluptuosas!

Para começarmos bem nossa segunda feira, um pouco de cultura não faz mal algum a ninguém. E devido a reputação que tenho a zelar, hoje conto a história do vibrador. Uhull!

Leia o restante do post e tenha boas "vibrações"


Cá estou eu para introduzir-lhes a história do vibrador. E sabem o que eu descobri? Ele tinha uso medicinal, era aplicado por médicos para casos de ansiedade, nervosismo, histeria e etc! Talvez ainda haja esperança para a TPM!!!

Transcorria o ano de 1880 e cansado de tanto masturbar manualmente as suas pacientes, o doutor Joseph Mortimer Granville patenteia o primeiro vibrador eletromecânico com forma fálica (Sensacional).

Durante o século XIX, a massagem clítoriana era considerado o único tratamento adequado contra a histeria, de maneira que centenas de mulheres iam ao médico (marido para quê mesmo)? para que tivessem a zona massageada e induzidas a um “paroxismo histérico“, hoje conhecido como orgasmo.


A histeria, suposta doença que os gregos tinham descrito como “útero ardente“ (a-do-rei), converte-se numa espécie de praga entre as mulheres da época. Qualquer comportamento estranho “ansiedade, irritabilidade, fantasias sexuais” era considerado como um claro sintoma e a paciente era imediatamente enviada para receber uma massagem relaxante (Gente, eu sou doente? rs).

No final do XIX a quantidade de mulheres que vão à consulta é tal, que os médicos já estão com problemas de LER (Lesões por Esforço Repetitivo) nas mãos e pulsos e então começam a inventar todo tipo de artefatos que lhes poupe o trabalho. Normalmente eram bastões de plástico com um mecanismo bastante complexo, deixando o produto muito pesado e de difícil manipulação.



Mesmo assim a variedade de vibradores daquela época é absurda (e criativos), muitos modelos funcionavam com energia elétrica, outros com baterias ou gás ou água, inclusive foram desenvolvidos alguns que funcionavam a pedal. E os aparelhos tinham velocidades que variavam de 1.000 a 7.000 pulsações por minuto (nooossa).

Devido a grande procura e quantidade, os preços logo começaram a ser compatíveis para uso doméstico e deixaram de existir somente nos consultórios médicos. E foram os primeiros aparelhos de uso pessoal a serem introduzidos em casa, precedendo o secador de cabelos e o aspirador de pó (interessante, hein).

Modelos como o “Barker Universal“, o “Gyro-Lator“ ou a “Miracle Ball“ começam a ser comercializados através dos jornais de tiragem nacional.

Era o principal mote de muitos catálogos femininos onde o vibrador era publicitado como “instrumento para a tensão e ansiedade feminina“. Seu uso era promovido como uma forma de manter às mulheres relaxadas e contentes (todas massageadas e felizes, que maravilha).

Sua comercialização chegou a tal extremo que alguns modelos incluiam um adaptador que convertia o vibrador numa batedeira de bolo (Unindo o útil ao agradável).

"Vibração é vida"


Pense ao que isso possa parecer hoje, naqueles anos a aplicação do vibrador sobre o clítoris era tida como uma prática exclusivamente médica.

Os problemas, os tabus e a grande “sacanagem” que quase todos imaginamos hoje em dia ao ler este texto, começam mais tarde, a partir de 1920, pois foi a partir deste ano que os médicos abandonaram o uso do vibrador em seus consultórios pois eles começaram a aparecer em filmes pornográficos (Ahhh estragou a brincadeira).

E, neles, as “atrizes” curavam sua histeria frente as câmaras. Os filmes fizeram com que o vibrador ficasse estigmatizado como coisa de mulheres da vida, nenhuma mulher fina ou mãe de família poderia ter uma histeria tranquila sabendo que a rameira da esquina fazia uso do mesmo instrumento (tsc, tsc,tsc).
Nos anos seguintes, a venda de vibradores foi então disfarçada sob formas de discutível sutileza.


Imagine a felicidade daquela esposa que, tendo recebido um aspirador de pó como presente de aniversário de seu marido, se deparasse com a panacéia ao abrir a caixa.


A partir desse momento, o vibrador começou a perder sua imagem de instrumento médico e nos finais dos anos 60, início da “queima dos sutiãs“, quando estudos revelaram a importância do orgasmo pela estimulação direta no clitóris, o vibrador se popularizou como um aparelho sexual fundamental para a mulher.

Daí, veio a primeira grande mudança, agregar ao bastão uma capa de silicone ou látex, dando ao produto novos formatos e cores e proporcionando um contato muito mais agradável a pele.

Em seguida, com a evolução tecnológica, micro motores foram desenvolvidos aliados a baterias mais leves e duradouras, reduzindo o peso dos produtos e criando vários tipos de vibração para estimular ainda mais a região pubiana.

"Earth Angel"

Este acima, foi recentemente lançado pela empresa Canden Enterprises, “Earth Angel“, o primeiro vibrador ecológico. É o primeiro aparelho do gênero a funcionar sem pilhas e ativa-se graças a um mecanismo que utiliza uma manivela (voltamos aos anos 20) para carregar. A empresa assegura que com apenas quatro minutos usando a manivela, o aparelho funcionará durante 30 minutos (Aja braço).

E, para encerrar este post, enfim o cinema – sob uma ótica não pornográfica – prestará sua homenagem aos vibradores. As filmagens vão ser realizadas no mês de outubro nas cidades de Londres e Luxemburgo. A estreia é prevista para 2011, que se chamará “Hysteria” (“Histeria”, em tradução livre) se passará na Era Vitoriana e mostrará dois médicos que tratam casos de histeria, uma condição caracterizada por uma irritabilidade aguda, raiva e choro súbito, associada às mulheres.(leia-se TPM).


Um dos personagens faz um experimento elétrico para o tratamento da “doença”. Dentre as atrizes do elenco, está Maggie Gyllenhaal (mas não, ela não será das que fazem uso do instrumento).

Então a cura para a irritabilidade é a vibração? Okey, entendi!!! rsrsrs

Beijos voluptuosos e uma grande Segunda feira vibrante a todos!